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Apesar da incidência cada vez maior em adultos jovens, o câncer ainda é mais comum entre pessoas com mais de 50 anos. As chances de qualquer um dos tipos de câncer se desenvolver em fumantes, consumidores freqüentes de bebidas alcoólicas e em trabalhadores rurais expostos aos agrotóxicos são ainda maiores. As estatísticas se confirmam quando observado o registro de hóspedes da Casa de Apoio mantida pelo Centro de Oncologia Cascavel (Ceonc). Constantemente lotado, conta com 105 leitos e recebe pacientes em tratamento de câncer que moram em outros municípios do estado.

Há cinco semanas na casa, a lavradora Vicentina da Silva, 72 anos, é uma das mais animadas. "Agora está tudo bem comigo. No começo, desesperei. Hoje, estou aqui, rindo e fazendo todo mundo rir", brinca. Moradora de Planalto, no Sudoeste, ela retirou parte do seio esquerdo e está quase concluindo a série de 33 sessões de radioterapia prescritas pelo médico. Inquieta, conta que trabalhou na lavoura desde criança e que fumou dos 10 aos 60 anos. "Na roça é assim. A mãe leva os filhos junto e lá eles vão se criando. Fiz a mesma coisa com meus 12 filhos. Fumar também é comum."

De Capanema, o agricultor Waldomiro Weinzirl, 76 anos, é outro paciente que reforça as estatísticas do Ministério da Saúde. "No começo, nem desconfiei o que poderia ser. Atacou primeiro a bexiga. A melhor coisa foi ter descoberto o câncer na próstata logo no começo", comemora. A história e o perfil dos dois colegas se repetem entre os pacientes que chegam ao consultório pela primeira vez, confirma o oncologista do Ceonc em Francisco Beltrão, Daniel Rech. "Tanto as pessoas como os profissionais de saúde estão mais cientes dos fatores de risco e isso ajuda muito no diagnóstico precoce da doença."

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