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Violência

Namoro termina em tragédia

Imagem do circuito interno mostra o momento em que Fiúza apanha a arma no closet enquanto segura Elizabeth pelo cabelo | Divulgação/Polícia Civil
Imagem do circuito interno mostra o momento em que Fiúza apanha a arma no closet enquanto segura Elizabeth pelo cabelo (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Veja os detalhes do relacionamento que terminou de forma trágica em Curitiba |

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Veja os detalhes do relacionamento que terminou de forma trágica em Curitiba

O empresário Veríssimo Ca­­nalli Fiúza, 31 anos, conhecido sócio de uma casa noturna em Curitiba, cometeu suicídio após espancar e assassinar a própria namorada na noite da última segunda-feira, em Curitiba. Os corpos do casal foram encontrados pela polícia no quarto de Fiúza em uma casa de luxo no bairro Cajuru. Funcionária de uma multinacional, Elizabeth Cristina Pereira, 25 anos, mantinha um relacionamento com o empresário há mais de um ano. Segundo a polícia, eles começaram a se desentender com frequência no último mês, mas os motivos do assassinato ainda não foram esclarecidos.

O delegado titular da De­­legacia de Homicídios (DH), Rubens Recalcatti, disse que Fiúza bateu violentamente na namorada e a asfixiou antes de se matar com um tiro de revólver calibre 38. As cenas chocantes foram flagradas por uma câmera de segurança instalada dentro da casa de Fiúza. "Ela foi torturada, massacrada e agredida pelo rapaz, que parecia ter total controle da situação", descreveu o delegado.

A câmera estava afixada na entrada do closet do quarto do empresário. Às 21h26 de segunda-feira, Fiúza entrou no anexo agarrando a namorada pelos cabelos. Ele aparece sem camisa e a moça veste calça colorida, camiseta e um casaco branco. Ela tenta se desvencilhar, mas não consegue. Enquanto mantém Elizabeth presa com uma das mãos, com a outra o empresário pega o revólver, que estava em uma caixa na estante.

Posteriormente, Fiúza arrasta a mulher novamente até o closet. Nesta ocasião, Elizabeth usa apenas roupas íntimas. Com uma das mãos o empresário alcança uma peça – possivelmente uma toalha –, envolve o pescoço da moça e passa a tentar asfixiá-la. Em outro ponto, às 0h27 de terça-feira, Fiúza volta ao closet com a arma em punho e parece municiar o revólver. Depois disso, nenhum deles aparece mais. O intervalo entre o início das agressões até o momento em que o empresário municia a arma é de cerca de três horas.

Os corpos foram encontrados na noite de terça-feira, quase 20 horas depois, na cama do quarto. Elizabeth estava nua, com hematomas pelo corpo, sinais de esganadura e ferida por um disparo de arma de fogo. Segundo Recalcatti, apenas um tiro foi disparado. O projétil teria transfixiado a boca do empresário, saindo pela nuca dele e atingido a cabeça da moça. A polícia aguarda a conclusão do laudo do Instituto Médico-Legal (IML), que deve apontar a causa da morte e se Elizabeth sofreu violência sexual. Para o delegado, no entanto, a moça já estava morta quando foi atingida pelo disparo. "Acredito que ela tenha morrido por causa das agressões ou pela asfixia", disse. Recalcatti informou que Fiúza tinha passagem pela polícia – sem especificar qual crime – e que a arma estava com o registro vencido.

Colegas dizem que Elizabeth parecia triste

Funcionária de uma empresa de refrigeração, Elizabeth Pereira, 25 anos, atuava diretamente no setor de recursos humanos da multinacional. Na segunda-feira, dia do crime, ela não foi trabalhar de manhã e só apareceu depois do almoço. O horário normal de Elizabeth era das 8h30 às 17h30. "Ela estava muito triste. Na terça-feira, não veio trabalhar e todo mundo ficou preocupado", conta uma colega de trabalho. No fim da tarde de seu último dia de trabalho, ela saiu normalmente.

Uma funcionária da família de Veríssimo Fiúza, que preferiu não se identificar, disse à reportagem que o empresário jamais demonstrou agressividade. "Nunca vi uma discussão entre eles. Essa história não bate", afirmou. Fiúza não tinha uma relação com a vizinhança de sua casa. Uma moradora da região contou que ele não aparecia muito.

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