Peritos do Instituto de Criminalista da Polícia Civil de Pernambuco disseram neste sábado (16) que a investigação inicial mostra que não há indício de que avião que caiu no Recife na quarta-feira (13) tentou aterrissar.
"Os elementos que temos até agora levam os peritos a trabalhar com a possibilidade de que o avião tenha caído de forma abrupta", afirmou o gestor do IC, Luiz Carlos Soares.
A queda do bimotor da Noar ocorreu pouco antes das 7h. A aeronave havia decolado do aeroporto internacional do Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Quatro minutos após a decolagem a aeronave caiu em um terreno perto da Avenida Boa Viagem. Os 14 passageiros e dois tripulantes morreram.
Segundo o perito criminal Gilmário Lima, que faz parte da equipe que investiga o caso, houve apenas um ponto de impacto no local. "Podemos descartar o indício de que tentaram aterrissar, porque no local foi visto só um ponto de impacto. A vegetação estava intacta", disse.
Além disso, segundo Soares, os corpos estavam amontoados. "Na queda abrupta, os corpos lançados para um ponto. Saíram das cadeiras e ficaram todos compactados", disse o gestor, que afirmou que a identificação exata do motivo da queda só será após a análise da caixa-preta do avião pela Aeronáutica.
Até este sábado, 13 dos 16 corpos encontrados no local haviam sido liberados aos familiares, segundo a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.
O laudo do Instituto de Criminalística deverá ficar pronto em cerca de 30 dias, segundo Soares.
Caixas-pretas
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) acabou na quinta-feira a coleta de material para investigar as causas da queda do avião.
As duas caixas-pretas, segundo o presidente da comissão que investiga o acidente, coronel Fernando Silva Alves de Camargo, foram encaminhadas à análise.