Há 13 anos, a empresária Elisabetha Zanella recebia a notícia de que seu filho havia sido morto em um tiroteio com a polícia porque era traficante. A informação falsa foi um artifício utilizado pelos policiais para encobrir uma execução. O filho Rafael, 20 anos, havia sido confundido com um traficante. Elisabetha passou todo esse tempo lutando por justiça. No total, nove pessoas se envolveram no crime. Dessas, uma foi absolvida e sete foram julgadas e condenadas. "Além de ter perdido meu filho, tive de lutar para provar que ele não era um bandido".
Ainda falta o julgamento de um delegado envolvido no crime. A empresária diz que não se sente aliviada. "A Justiça foi feita, mas isso não muda minha dor. Não há palavra no dicionário que traga consolo. Quando me desespero, penso que um dia vou chegar ao céu e Deus vai me mostrar que poupou muito sofrimento ao meu filho, porque ele nunca sofreu, só foi feliz em seus 20 anos de vida". (PC)