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Não haverá medidas trabalhistas, dizem sindicalistas

Os presidentes da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique Silva, informaram nesta quarta-feira (8) que o governo não vai editar nenhuma medida reduzindo temporariamente recolhimentos de encargos sociais sobre a folha salarial. "As centrais sindicais rechaçaram essa proposta do Ministério da Fazenda de mexer com os direitos dos trabalhadores. Essa questão, portanto, ficou emperrada definitivamente porque o presidente Lula disse que, se as centrais não aceitam isso, não será feito", afirmou Paulinho.

Ao deixarem no início desta tarde o Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, sede provisória do governo federal, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os dois sindicalistas relataram que todas as centrais se posicionaram contra qualquer flexibilização de direitos trabalhistas. "Em momento de crise, não se deve discutir direitos da classe trabalhadora", emendou Henrique Silva.

Para os dois presidentes das centrais, se o governo tomasse medidas generalizadas de redução de encargos trabalhistas estaria admitindo que a crise financeira se generalizou. Segundo Paulinho, no entanto, a crise é setorial. "Por isso, o governo tem de ter agilidade para discutir os problemas de cada um, tomando medidas que afetem a cada um dos setores", disse. Segundo ele, foi acertada a criação de um grupo para monitorar os vários setores da economia, que será integrado por sindicalistas e ministros. O primeiro segmento escolhido para ser analisado é o da alimentação.

PAC

O presidente Lula reclamou nesta quarta-feira do andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), segundo relato dos participantes de reunião do presidente com sindicalistas. Lula informou, segundo essas fontes, que vai fazer um "pente fino" para identificar problemas nas obras.

Lula também teria se queixado de que alguns prefeitos estão usando politicamente o problema da queda de receita dos municípios. "Isso está virando um jogo político e a oposição está torcendo contra", disse Lula, segundo relato de sindicalistas.

O presidente voltou a defender o projeto para a troca de geladeiras antigas por novas, o que reduziria o consumo de energia e a emissão de gases. Segundo os sindicalistas que estiveram reunidos com Lula, ele disse que o recolhimento das geladeiras antigas, no entanto, é o maior obstáculo do projeto, pois o custo é elevado e muitos acabam não se desfazendo da geladeira antiga.

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