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"Não quero vingança, quero saber o que houve", diz mãe de menina morta

A funcionária pública Dilma Tavares Cruz, de 46 anos, mãe de uma das meninas encontradas mortas no sábado (13) em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, afirmou na tarde desta segunda-feira (16) que não quer vingança, mas que deseja ver o crime esclarecido. Os corpos das colegas de classe Raizza Tavares Cruz e Elaine Serra Gomes da Cruz, ambas de 13 anos, foram encontrados por familiares, em um matagal, no fundo da casa de Raizza, em avançado estado de decomposição.

"Eu não quero vingança. Não tenho esse sentimento. Eu quero que se descubra o que aconteceu para que essa pessoa não faça mal a mais crianças vulneráveis", afirmou a mãe de Raizza. "É estranho. Acho que eu ainda não tomei consciência do que aconteceu", declarou.

A funcionária pública disse que a filha tinha bom desempenho na escola e descarta que a garota tenha fugido de casa. Ela disse ter visto a filha pela última vez por volta das 13h30 da quarta-feira (4), dia em que elas desapareceram. "Ela saiu de casa de calção do São Paulo e de chinelo", disse.

A Polícia Civil procura um rapaz que pode contribuir com as investigações das mortes das meninas. Ele é moreno, tem cerca de 25 anos, 1,77 metro de altura e 75 kg, segundo a polícia. Ele foi visto com uma das meninas havia cerca de 20 a 30 dias. "Nós gostaríamos de conversar com essa pessoa. Talvez [ele] fosse amigo dela, namorado. Não se sabe", afirmou o delegado Gilberto Pereira Brito, titular da Delegacia de Polícia de Santana de Parnaíba. "Para nós, ele é uma pessoa importante, acredito que uma testemunha." A polícia não descarta que ele possa vir a ser considerado suspeito do crime.

Os familiares das duas meninas disseram não se lembrar de ninguém com as características do jovem. "Infelizmente eu não me lembro", disse o auxiliar de almoxarifado Reginaldo José da Cruz, de 39 anos, pai de Elaine. Reginaldo contou que observou que algo de errado tinha acontecido quando observou que ela não voltou para casa por volta das 18h, como ela sempre fazia. "Ela nunca dormiu fora de casa", disse. O auxiliar disse que o desempenho escolar da filha decaiu nos últimos meses, mas desconhecia que a filha tivesse um namorado. "Uma vez ela me disse que eu tinha um genro, mas falou em tom de brincadeira", afirmou.

Ao saber do desaparecimento das estudantes, uma amiga das meninas afirmou que Elaine suspeitava estar grávida e que planejava fazer um teste de gravidez. A alguns metros dos corpos, os investigadores encontraram a embalagem de um exame de gravidez.

A polícia aguarda o resultado do exame do Instituto Médico-Legal (IML) para descobrir a causa da morte. A investigação levantou a hipótese de que as meninas tenham sido envenenadas, porque os corpos não apresentavam sinais de violência. Por enquanto, a possibilidade de homicídio está afastada.

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