Ponta Grossa As concessionárias de rodovias esperam um acréscimo de 37% no fluxo de veículos com destino ao interior do Paraná. Apesar disso, os problemas registrados no Natal, como a fila de até três quilômetros na praça de pedágio de Palmeira, na BR-277, no trecho administrado pela Caminhos do Paraná, não devem voltar a ocorrer.
O coordenador do Serviço de Assistência ao Usuário da Caminhos do Paraná, Sandro Matos, diz que não foi possível precisar a extensão da fila no Natal. O acúmulo de carros, segundo ele, aconteceu em razão da crise aérea. Quanto ao ano-novo, o crescimento é imprevisível, segundo Matos. Ele adianta que todos os funcionários do setor operacional da concessionária trabalharão para evitar filas. O setor administrativo, porém, está em férias coletivas.
O Programa de Concessão de Rodovias no Estado do Paraná (PER) estabelece que as filas nos pedágios não podem ultrapassar 300 metros em 5% do tempo integral de operação mensal. Ou seja, as concessionárias podem trabalhar em média 36 horas, direto, com filas de até 300 metros.
Uma carreta simples mede 20 metros, e uma fila com o limite estipulado pode ser formada por cerca de dez carretas, considerando os espaços existentes entre elas. Se o contrato for desrespeitado no somatório mensal, a concessionária pode ser punida. Uma medida encontrada pela Rodonorte são os "papa-filas": os recibos do pedágio são vendidos por funcionários da concessionária antes do motorista chegar à cancela.
As concessionárias Econorte, Viapar e Rodovia das Cataratas colocaram todos os funcionários do setor operacional para trabalhar no feriado. "O tempo médio de passagem na praça de pedágio não deve ser superior a três minutos", calcula Gildo Pires, gerente de Atendimento da Rodonorte. Em algumas rodovias, como as da Rodovia das Cataratas, informa a assessoria de comunicação da concessionária, o aumento esperado de 16% nem chega a ser registrado nas praças, pois muitos motoristas fazem viagens curtas, de visita a parentes que moram em cidades próximas.