O Natal foi violento nas estradas paranaenses. De sexta-feira até às 20h desta segunda-feira, foram registrados 303 acidentes, com 174 feridos e 16 mortes nas rodovias do estado, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal e Estadual.
O movimento foi intenso na manhã de sábado, quando muitos motoristas deixavam a capital rumo ao interior do estado, a Santa Catarina e ao litoral.
"Nossa expectativa era de que 8 mil veículos descessem em direção às praias. Mas no final das contas, mais de 13 mil desceram com picos de até 1,2 mil carros por hora", explicou Walfrido Marcos de Oliveira, coordenador de tráfego da Ecovia, concessionária que administra o pedágio na BR-277 entre Curitiba e o litoral.
No final da tarde desta segunda-feira, no retorno dos motoristas, também houve tráfego intenso. Na BR-376, a Polícia Rodoviária chegou a registrar a passagem de 1.800 carros por hora. A maioria dos acidentes mais graves envolveram caminhões. Na noite de sábado, um gol bateu na traseira de um caminhão no trecho urbano da BR-373. Simone Gomes Pereira, 30 anos e duas crianças, de sete e seis anos, morreram na hora. Um menino de oito anos está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Também no sábado, na PR-471, entre Nova Prata do iguaçu e Salto do Lontra, região Sudoeste do Paraná, um carro com oito ocupantes bateu de frente em um caminhão e três pessoas da mesma família morreram. Outras cinco pessoas tiveram ferimentos graves e foram conduzidas para a Policlínica de Nova Prata do Iguaçu.
Nesta segunda-feira, por causa da chuva, uma van derrapou na pista e bateu numa árvore na BR 487, entre Cândido de Abreu para Reserva. Estavam no veículo 12 pessoas, de Joinville, que ficaram feridas.
Na região Central do estado, a tarde de segunda também foi trágica nas rodovias. Na estrada que dá acesso ao distrito de Guairacá, em Guarapuava, uma colisão entre uma caminhonete e uma motocicleta causou a morte do motoqueiro. E o choque entre um caminhão e uma caminhonete, na BR 277, próximo ao aeroporto da cidade, deixou duas pessoas com ferimentos graves. O motorista da caminhonete não possuía habilitação.
A expectativa dos órgaõs de trânsito era de que o movimento nas estradas permanecesse intenso até o final do dia.