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Crise aérea

Neblina faz Afonso Pena liderar atrasos entre aeroportos do país

Zagueiro João Leonardo entra no lugar de Danilo, que está suspenso. Jancarlos também é desafalque | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Zagueiro João Leonardo entra no lugar de Danilo, que está suspenso. Jancarlos também é desafalque (Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo)

Curitiba – Depois de um fim de semana tumultuado, a segunda-feira foi um pouco mais tranqüila nos aeroportos brasileiros, mas a situação está longe de ser a ideal. Segundo a Infraero, até as 18 horas, dos 1.446 vôos programados pela rede, 358 tiveram atraso superior a uma hora, o que corresponde a 24,7% do total. No Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, o porcentual ficou acima da média nacional. Até as 17 horas, 42 dos 118 vôos programados – ou 35,6% – decolaram ou pousaram com mais de uma hora de atraso.

Nem o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, conseguiu fugir do caos aéreo. Ontem, ele amargou três horas de espera no saguão do Aeroporto de Brasília. O vôo da Gol que o levaria para o Rio, programado para as 7 horas, só saiu às 10 horas. Pereira disse que sempre viaja em vôos comerciais e que esta foi a quarta vez que enfrentou atrasos desde o início do apagão aéreo.

Ele atribuiu o problema no fim de semana a "um fenômeno meteorológico incrível." Segundo ele, o sistema foi surpreendido pelo fechamento do Aeroporto de Viracopos, raramente atingido por nevoeiros, que reteve em Campinas os aviões que haviam sido deslocados de São Paulo para lá. "Aí, com os três aeroportos de São Paulo fechados a malha aérea do país inteiro foi para o espaço."

Para Pereira, a saída para a crise está na coordenação dos planos da Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil e Aeronáutica. No entanto, um plano aeroviário consistente só ficará pronto em um ano.

Enquanto isso, os passageiros continuam esperando nos aeroportos. Ontem, no Afonso Pena, o casal Daniela Pinheiro Lameira e Luiz Antônio Müller Lameira, que moram no Rio de Janeiro, tentavam voltar para casa. O que já vinham tentando desde a noite de domingo. Eles vieram para Curitiba na quinta-feira com o filho de sete meses, Antônio Pedro, e a mãe de Luiz Antônio, Maria Celeste Müller Lameira.

No domingo, chegaram no aeroporto 17h30 para embarcar 19h 10, mas até 21 horas não conseguiram sair da cidade por causa do mau tempo e voltaram para a casa da família de Daniela. Ontem, chegaram no Afonso Pena por volta de 14 horas e o vôo da Gol direto para o Rio de Janeiro estava programado para 15h10. O vôo foi cancelado e a família só sairia do Afonso Pena às 17 horas num vôo com escala em Campinas (SP).

Daniela e Luiz Antônio, que são advogados, estavam indignados com a situação. Ele perdeu reuniões importantes no Rio, agendadas para ontem, e ela reclamou do atendimento da companhia aérea. "A Gol não tem nem um carrinho de bebê para eu deitar o meu filho", contou Daniela. Os dois afirmaram que pretendem acionar a empresa.

Nos últimos dias, a neblina na região do aeroporto tem dificultado as operações no terminal. Ontem, entre 7h30 e 10 horas, o Afonso Pena operou pelo sistema ILS 1, que auxilia as aeronaves nos pousos e decolagens.

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