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Neblina volta a fechar Afonso Pena

Quem tinha vôo marcado para a manhã de ontem no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, precisou ter muita paciência e uma dose extra de compreensão. Um denso nevoeiro deixou a pista fechada para pousos e decolagens das 21h53 de terça-feira até as 9h40 de ontem. Nas quase 12 horas sem que nenhum avião pudesse decolar ou aterrissar foram cancelados 13 vôos, e só na manhã de ontem 22 vôos sofreram atraso de acordo com a Infraero. A partir das 9h40, o Afonso Pena funcionou com a ajuda de instrumentos e só às 11h05 voltou a operar normalmente.

A neblina frustrou a viagem do técnico administrativo Valdemir Rocha, que viajaria a trabalho para Maringá. Seria a sua primeira viagem de avião. "O vôo estava marcado para as 8 horas, mas quando chegamos perto do aeroporto meu companheiro de viagem já imaginou que a pista estaria fechada", conta. O mesmo ocorreu com o governador Roberto Requião e toda sua comitiva, que inaugurou um hospital em Ponta Grossa ontem de manhã. A viagem teve de ser feita de carro por conta da neblina no Afonso Pena.

"Nessa época de outono-inverno não há escapatória. Até agosto os nevoeiros devem ocorrer com freqüência", diz o meteorologista Marcelo Brauer, do Instituto Tecnológico Simepar. O nevoeiro ou neblina é uma condensação de vapor da água junto ao solo que forma massas semelhantes a nuvens. A névoa se forma quando ocorre uma queda brusca da temperatura junto ao solo. A capacidade de reter o vapor chegue ao limite e ocorre a condensação da água.

Hoje, a previsão em São José dos Pinhais é de mais neblina ao amanhecer e, no sábado, o fenômeno deve se repetir. "Quando o céu estiver claro, sem nenhuma nuvem, é quase certo que haverá nevoeiro à noite ou na manhã seguinte", explica Brauer.

Segundo a Infraero, este ano a névoa afetou a rotina do Afonso Pena em 30 dias e causou o cancelamento de 115 vôos. Somados os tempos de interrupção desde 1.º de janeiro, a pista ficou fechada por 3 dias, 2 horas e 54 minutos (ou quase 75 horas). Mas o problema já foi muito mais grave. Até 2003, antes da instalação do ILS 2 (equipamento que ajuda o avião a operar em condições de baixa visibilidade), em média 500 vôos eram cancelados ao ano. "Se alguém tem compromisso pela manhã é melhor viajar no dia anterior", aconselha Antônio Azevedo, presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav) no Paraná.

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