Cortinas plásticas, lâmpadas, pedras especiais e até aquecedor. Com o frio dos últimos dias, parte dos animais do Passeio Público, no Centro de Curitiba, e do Zoológico, no Alto Boqueirão, teve de receber tratamento diferenciado. Caso contrário, diz a bióloga do Departamento Zoológico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Maria Lúcia Faria Gomes, eles poderiam adoecer ou até morrer.
De acordo com a prefeitura, o tratamento especial no inverno não é novidade em Curitiba. Há dez anos esse cuidado é tomado quando a temperatura começa a ficar baixa. "Começamos a providenciar essa medidas todos os anos no final de março e início de abril e vamos até novembro. Isso é importante porque o clima de Curitiba se altera bastante", afirma.
Ao todo, a cidade possui 1,2 mil animais no Zoológico e 800 no Passeio Público, mas nem todos precisam do atendimento diferenciado. "Normalmente os animais menores são mais suscetíveis e os maiores mais resistentes", explica.
Segundo Maria Lúcia, as aves são protegidas com cortinas plásticas, os sagüis com lâmpadas incadescentes em casas de madeira e os répteis com lâmpadas especiais com ultravioleta e pedras importadas feitas com resistências elétricas. "Eventualmente usamos aquecedores para alguns répteis também", diz a bióloga.
A dona de casa Silvane Aparecida Franczak, 30 anos, observou os cuidados especiais enquanto passeava com a família no Passeio Público, ontem. "Achei estranho, mas é importante. Eles também sentem frio como a gente. Às vezes nos enchemos de roupa e ainda sentimos frio", comenta. "Eles também merecem ser protegidos", opina a dona de casa Daluz Martins, 41 anos, enquanto visitava o local.
De acordo com a bióloga, não são apenas os animais selvagens que precisam de cuidado especial durante o inverno. "Deve-se proteger também os animais domésticos da chuva e do vento, principalmente quem tem aves em casa. Além disso, é importante que eles sejam bem alimentados", aconselha.
