A ministra da Saúde, Nísia Trindade, deve comparecer a uma audiência na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, na próxima quarta-feira (10), para prestar esclarecimentos sobre a epidemia de dengue no país e as recentes crises na pasta.
Nesta quarta-feira (3), o Brasil registrou mais de mil mortes causadas por dengue em 2024 e ultrapassou o número de 2,6 milhões de casos confirmados da doença.
O requerimento de convite à ministra foi apresentado pelos deputados Célio Silveira (MDB-GO), Dr. Francisco (PT-PI) e Silvio Antonio (PL-MA), e pela deputada Rosângela Moro (União-SP).
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Na justificativa do requerimento, Silveira apontou que 2024 vem apresentando números muito piores, do que o último ano, em relação à dengue. “Isso é alarmante, porque o pico da dengue ainda não chegou, ele ocorre, em regra, em abril”, acrescentou.
Os deputados também querem saber o que está sendo feito pela pasta para melhorar a eficiência da gestão dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Eles citam um relatório que apontou problemas como leitos fechados, falta de profissionais, enfermarias desativadas, insuficiência de leitos de CTI, salas cirúrgicas inoperantes e abastecimento de insumos comprometido.
A ministra também deverá explicar sobre a falta de medicamentos para hanseníase e a nota pró-aborto que autorizava o aborto em caso de estupro em qualquer etapa da gestação. A nota da Saúde afirmava que "até o nascimento, quando ocorre a separação do recém-nascido do ambiente uterino, o feto muito provavelmente não é capaz de sentir dor". Isso está longe de ser consenso na comunidade científica e é contestado por estudos recentes.
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