Após a maior cheia de sua história, o rio Acre manteve, neste fim de semana, a tendência de diminuição do nível que já vinha sendo verificada semana passada em Rio Branco. As informações são da Agência Brasil. Na medição feita na manhã desta segunda-feira (9) o nível do rio encontrava-se em 16,6 metros. Com isso, máquinas de limpeza foram enviadas aos bairros atingidos pela prefeitura, dando início à primeira fase da Operação Volta para Casa. Na última semana, o nível do rio chegou 18,4 metros.
De acordo com a Defesa Civil, a situação melhorou nos últimos dias, mas as 10,6 mil pessoas (cerca de três mil famílias) que estão nos 31 abrigos montados pelo governo local só poderão voltar para casa depois que o rio baixar para 14 metros. Ainda não há previsão de quando isso ocorrerá.
Neste momento, a preocupação maior é com Porto Acre --município com cerca de 15 mil habitantes, localizado a pouco menos de 60 km da capital. De acordo com a Defesa Civil, os efeitos da enchente do rio começam a refletir na cidade depois de atingirem Rio Branco. Portanto, há a possibilidade de o nível do rio subir no município nas próximas horas.
Há cerca de cem desabrigados em Porto Acre. Todos já se encontram nos abrigos públicos e contam com a ajuda da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Também é preocupante a situação no município de Xapori.
A fim de facilitar a ajuda às comunidades locais, foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda portarias reconhecendo o estado de calamidade pública nos municípios de Capixaba e Sena Madureira, além de Porto Acre e Xapuri.
Na quarta-feira (4), a Defesa Civil Nacional decretou estado de calamidade pública, por rito sumário, em Rio Branco e Brasileia, também devido à enchente do Rio Acre.
Na semana passada, o governo federal decidiu antecipar benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a moradores de Brasileia e Rio Branco. O pagamento corresponde ao valor de uma renda mensal a que o beneficiário tem direito, excetuado os casos de benefícios temporários.
Esse valor deverá ser ressarcido em até 36 parcelas mensais fixas, a partir do terceiro mês seguinte ao da antecipação --sem juros e por meio de descontos na renda que o beneficiário tem direito. Para solicitar o empréstimo, o beneficiário deve se identificar na própria rede ou correspondente bancário responsável pelo pagamento dos benefícios.