Duas pessoas foram ouvidas nesse primeiro dia de julgamento dos quatro policiais militares acusados de matar o menino Juan de Moraes, 11, e o adolescente Igor Sousa, 17, em junho de 2011. O júri deve ser retomado amanhã com outras testemunhas de acusação.

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As testemunhas ouvidas são Wanderson dos Santos de Assis e Wesley Felipe Moraes da Silva, que ficaram feridas no dia em que as outras duas vítimas foram mortas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Assis foi atingido por três tiros e Wesley, que é irmão de Juan, levou dois.

No depoimento, os dois rapazes relataram o dia dos crimes e afirmaram que os disparos foram feitos pelos PMs enquanto as quatro vítimas - sendo dois mortos e dois feridos - subiam um beco.

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As outras testemunhas de acusação arroladas para o julgamento são a mãe de Juan e Wesley e o delegado Ricardo Barbosa, além de mais quatro peritos. Há ainda uma testemunha que está sob proteção da justiça. Elas devem ser ouvidas amanhã. O julgamento está previsto para recomeçar às 10h.

Ao todo, o Ministério Público e a defesa dos réus indicaram 35 testemunhas - 14 de acusação e 21 de defesa. O julgamento está previsto para durar quatro dias.

Os crimes

Os crimes aconteceram em junho de 2011, durante uma operação do 20º Batalhão da Polícia Militar na favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para ocupar a comunidade, foco de tráfico de drogas. O menino Juan, na época com 11 anos, era morador da comunidade e foi baleado em um beco da favela.

Segundo denúncia do Ministério Público, os policiais teriam tentado assassinar as vítimas, por pensar que eram traficantes de drogas. O corpo de menino Juan chegou a ser retirado do local do crime e colocado em outro lugar, de forma a ocultar o assassinato.

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