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Cerca de 600 professores se concentraram nesta manhã em frente à Câmara | Jonathan Campos/
Cerca de 600 professores se concentraram nesta manhã em frente à Câmara| Foto: Jonathan Campos/

O terceiro dia consecutivo de greve dos professores da rede municipal de ensino fecha 35 das 185 escolas de Curitiba nesta quinta-feira (23), segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Educação (SME). Outras 26 estão com atendimento parcial, mas a maioria, 124, estão funcionando normalmente - assim como todos os CMEIs. O sindicato dos professores, o Sismmac, ainda não divulgou balanço próprio.

Desde as 9 horas desta quinta os professores em greve se reúnem em frente à Câmara Municipal para pressionar os vereadores contra o ajuste fiscal anunciado pelo prefeito Rafael Greca (PMN). Os docentes chamam a medida de “pacote da maldade” e questionam, sobretudo, a intenção do executivo de alterar o funcionamento do Instituto de Previdência dos Servidores do Município (IPMC).

A prefeitura defende que o atual modelo do sistema não é sustentável porque, com o envelhecimento da população, há cada vez menos servidores ativos na comparação com inativos. Por outro lado, os servidores dizem que o instituto é “sadio”.Segundo o Sismmac,cerca de 600 professores estão reunidos no local.

Nesta quarta-feira (22), a direção do sindicato já havia sinalizado a possibilidade de incluir na pauta de reivindicações da categoria uma abertura de diálogo sobre o ajuste fiscal proposto pela prefeitura.

“O prefeito conseguir criar um nova pauta atacando nossa pauta anterior”, disse professor Rafael Alencar Furtado, um dos diretores do Sismmac. “Agora ele está vindo pra cima do nosso plano de carreira, do nosso reajuste salarial e também da nossa aposentadoria. Só vai piorar as nossas condições de trabalho”, destacou o professor.

A professora Jane Santana, que integrava a manifestação em frente ao Legislativo, diz que pressionar os vereadores antes mesmo de o projeto sobre o ajuste fiscal chegar à Casa é essencial para garantir o apoio dos vereadores. “Esse projeto vai acabar com a nossa aposentadoria. E nós estamos aqui hoje para que quando esse projeto chegue aqui os vereadores nos apoiem e não deixem passar”, disse a professora, que leciona no CEI Eva da Silva, no Capão da Imbuia.

Assembleia

Uma nova assembleia para decidir sobre os rumos da greve dos professores do município deve ser realizada somente na próxima sexta-feira (24). O sindicato informou ainda que protocolou um novo pedido de reunião para tentar avançar nas negociações. Procurada, a prefeitura ainda não se manifestou sobre a possibilidade de incluir o encontro na agenda de secretários.

Na manhã desta quinta-feira, segundo a prefeitura, 124 de 185 escolas da rede funcionavam normalmente. Outras 26 apresentavam atendimento parcial e 35 estavam fechadas.

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