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Mossoró, CE – Em entrevista a uma rádio do Ceará, ontem pela manhã, o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) disse que não fará privatizações, mas irá "despetizar" o governo, caso seja eleito. A entrevista foi arranjada de última hora, no programa de maior audiência no estado, do radialista Paulo Oliveira, que é filiado ao PSDB.

Há dez dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu entrevista à mesma rádio, no mesmo horário, às 8 horas da manhã, só que o último bloco do programa, que seria de uma hora, não foi ao ar. A emissora disse que perdeu o sinal da transmissão.

Além de negar as privatizações e o fim do Bolsa Família, Alckmin aproveitou para sinalizar uma aproximação com o governador eleito do estado, Cid Gomes (PSB), que tem sido o maior cabo eleitoral de Lula no Ceará. Alckmin afirmou que ele e Cid vão "trabalhar juntos". "Comigo não tem essas questões partidárias, nós vamos trabalhar pelo povo e ser um grande parceiro do Ceará".

Pífio

Mesmo com o apoio do maior cacique político do estado, o senador Tasso Jereissati (PSDB), Alckmin teve um resultado pífio no Ceará no primeiro turno, com apenas 22,79% dos votos, contra 71,22% de Lula. Ele não contava com nenhum palanque, pois era omitido até pelo candidato de seu próprio partido, o governador Lúcio Alcântara, que tentava a reeleição.

Só após a derrota, Lúcio decidiu se engajar na campanha do presidenciável tucano.

Ontem, o governador promoveu o primeiro evento de mobilização entre seus aliados. Lúcio esperava reunir ao menos 50 prefeitos do estado, além de deputados estaduais e federais e outras lideranças do interior, para organizar uma nova frente de apoio a Alckmin.

A reunião ocorreu no mesmo hotel onde, há dez dias, Tasso reuniu quase mil pessoas em prol do tucano.

O evento de Lúcio, ontem, porém, aconteceu à revelia do próprio comitê de Alckmin no Ceará, comandado por Tasso e seus aliados.

Na reunião feita por Tasso, Lúcio e seus apoiadores também não foram convidados.

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