Em visita ao Maranhão, onde sobrevoou áreas atingidas pelas enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que as divergências políticas sejam "colocadas em um canto da mesa" para que o estado possa se recuperar o mais rápido possível dos prejuízos causados pela chuva. No estado, mais de 130 mil pessoas estão sofrendo as conseqüências das enchentes.

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"Temos que ter em conta que, se trabalharmos juntos, governos federal, estadual e municipais, a chance de fazermos a recuperação mais rápido é maior. (...) A eleição só vai acontecer em 2010, para prefeito, [a eleição] só vai acontecer em 2012, ou seja, a gente tem que deixar, nesse momento, qualquer rusga que tiver com o outro de lado e pensar na coisa mais nobre neste momento que é devolver a normalidade ao povo do estado do Maranhão e sobretudo devolver o direito às coisas que as pessoas perderam", disse.

Em entrevista após o discurso, Lula voltou a criticar divergências políticas. Questionado sobre disputas entre PMDB e PT no governo estadual, ele respondeu que as pessoas não devem perder o "bom senso" e que, se pensasse em "coisas pequenas", o Brasil "não teria chegado onde chegou". Projetos

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Antes da visita ao Maranhão, Lula esteve no Piauí, onde pediu que os prefeitos apresentem levantamentos e projetos ao governo federal para a recuperação das áreas prejudicadas pelas chuvas. Em São Luís, ele mais uma vez fez um alerta aos prefeitos.

"Se o governo estadual e o governo federal tiverem muito dinheiro e não aparecerem projetos consistentes, esse dinheiro não vale nada. Agora, mesmo que a gente não tenha dinheiro, se aparecer um projeto consistente, eu duvido que alguém se recuse a dar dinheiro para um projeto que seja consistente. É o projeto que faz o dinheiro, e não o dinheiro que faz o projeto", disse.

O presidente também disse que a prioridade, no momento, é retirar as pessoas de áreas de risco, prevenir a proliferação de doenças e garantir alimentação às populações atingidas pelas enchentes. Ele afirmou que enviará ao Maranhão os ministros do Desenvolvimento Agrário e da Saúde.

Nesta terça, Lula foi acompanhado pelos ministros Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, Edison Lobão, de Minas e Energia, e Márcio Fortes, das Cidades. "Os ministros continuarão vindo aqui. Só pararemos de vir aqui quando estiverem acertadas as coisas que nós temos que fazer."

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