Pode não parecer, mas a dengue está presente – e com força – no Paraná. Cerca de 63,2% dos municípios do estado já registraram casos autóctones da doença, aqueles que são transmitidos dentro de uma mesma cidade. Só neste ano, 25 pessoas morreram por causa da doença no estado.
Conforme o último boletim da Secretaria da Saúde do estado (Sesa), de 1º de janeiro a 25 de setembro de 2015, 86.656 casos foram notificados no Paraná, dos quais 36.201 foram confirmados. No mesmo período, dos 399 municípios do estado, 252 registraram ocorrências de casos autóctones. Os 25 óbitos registrados em 2015 se igualam ao número verificado no ano passado, que até então, é o maior desde o primeiro levantamento. Os dados mais antigos da Sesa são de 2007: de janeiro daquele ano até setembro de 2015, 105 pessoas morreram por causa da dengue no Paraná.
Com 693 mortes, Brasil bate recorde de vítimas por dengue
Leia a matéria completaO índice de casos positivos de dengue é de 311,54 por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera situação epidêmica quando há mais de 300 casos a cada 100 mil moradores.Com base neste índice, os municípios com registro de epidemia estão no Norte, Noroeste e Oeste do Paraná. São eles: São João do Caiuá (1.086), Nova Esperança (1.975), Borrazópolis (506), Santa Isabel do Ivaí (506), Jataizinho (643), Rio Bom (158), Presidente Castelo Branco (240), Santo Antônio do Caiuá (120), Itambaracá (289), Uraí (456), São Pedro do Paraná (101), Rancho Alegre d’Oeste (84).
Já os municípios com maior número de casos confirmados são: Londrina (2.496), Foz do Iguaçu (2.329) e Nova Esperança (1.975). Por fim, as cidades com maior número de casos notificados são: Londrina (8.843), Foz do Iguaçu (5.359) e Maringá (3.959).
Desde o primeiro registro de febre chikungunya no Paraná, em junho do ano passado, 11 pacientes foram acometidos pela doença transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, mesmo transmissor da dengue, conforme a Sesa. Todos os casos foram importados.
Os sintomas da doença, segundo a Secretaria da Saúde, são semelhantes aos da dengue: febre, dor no corpo, dor de cabeça e dor nas articulações. No caso das articulações, a dor pode se estender por meses e até se tornar crônica.
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