Curitiba O Paraná conta com cerca de 200 famílias ligadas ao Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST), segundo estimativas do superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda. Ontem, integrantes do MLST promoveram quebra-quebra na Câmara dos Deputados em Brasília.
No Paraná, os membros do MLST estão acampados à beira da estrada nos municípios de Cascavel e Lindoeste Região Sudoeste do Paraná.
De acordo com Lacerda, a entrada e saída de famílias nos dois acampamentos é constante.
"São agrupamentos bem instáveis. Eu estive visitando a região de Cascavel dias atrás e havia um número grande de famílias nos acampamentos. Mas houve uma ação da Polícia por lá e com isso muita gente deixou o acampamento", explica Lacerda.
A reportagem da Gazeta do Povo tentou conversar com uma das lideranças do movimento, mas não obteve contato.
Segundo Lacerda, o MLST tem uma postura ainda mais agressiva que a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). "O MLST adota um discurso mais duro, contra, inclusive o próprio MST."
Assentamento
De acordo com o superintendente, o Incra está estudando a compra de um terreno na região de Cascavel para assentar as famílias acampadas. "Com nós (Incra), eles (MLST) sempre se portaram de maneira civilizada, sempre recebemos as reivindicações deles e trabalhamos do mesmo modo que trabalhamos com outros movimentos."
Há cerca de duas semanas, membros do MLST invadiram a praça de pedágio da Rodovia das Cataratas na BR-277, em Cascavel. A ação teria sido motivada pela Jornada Nacional de Lutas.
Ainda em Cascavel, a polícia investiga a atuação de um membro do movimento que foi detido com coletes da Polícia Federal (PF) e organizaria falsas blitzes para assaltar motoristas e caminhoneiros.
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