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Um comunicado para consulta médica chegou à casa de uma idosa, no Rio Grande do Sul, 11 anos após sua morte. A aposentada Zilá Bueno da Silva havia marcado uma consulta com um reumatologista pelo Sistema Único de Saúde em 2000, mas nunca teve retorno.

O caso ocorreu na cidade de Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre. No dia 16 do mês passado, a família de Zilá, que morreu em 2004, aos 67 anos, por causa de uma pancreatite, recebeu em casa o aviso da Secretaria de Saúde da cidade, com a resposta para o encaminhamento solicitado 15 anos antes.

Na ocasião, pela demora no retorno, a família desembolsou um tratamento com um médico particular.

Ao receberem a carta, os familiares da aposentada ficaram consternados. “É um sentimento de indignação. Bem próximo ao Natal, bateu a saudade”, comenta o neto de Zilá, Jeferson Almeida, de 26 anos.

Segundo a Secretaria de Saúde de Alvorada, o episódio foi decorrente de um erro na troca do sistema de cadastro de pacientes da cidade. Antes, as fichas eram feitas à mão. No momento de passar para um sistema computadorizado, alguns cadastros se perderam. Trinta mil pessoas devem ter ficado fora do cadastro, de acordo com a prefeitura.

Em nota, a Secretaria informou que está realizando contatos por telefone e carta para reagendamento dos pacientes mais antigos. “Em alguns casos podem ocorrer desistências, pessoas já terem feito suas consultas, não serem encontradas no endereço ou telefone ou até falecido no período”.

“Foi um descaso. Pegaram a ficha dela e jogaram em um arquivo morto. Minha avó fez o pedido de consulta em 2000, quando ela sentiu dor e não pôde caminhar. E nunca saiu uma consulta. É um verdadeiro deboche”, avalia Almeida.

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