Em visita à Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, comparou nesta quarta-feira (16) a retomada da favela pela polícia à "queda de um império", mas ressaltou que não quer tratar a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, como "um troféu".

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"O objetivo da operação é a queda de um império do território e isto foi atingido. Entendemos que a quantidade de equipamentos que serviam ao crime (75 fuzis) era elevada, mas a polícia não se contenta com isto. Vamos fazer um trabalho criterioso de rastreamento no sentido de banir qualquer destes equipamentos e encontrar pessoas que tenham contas a pagar com a Justiça", disse.

Nesta quarta, mais dois fuzis foram apreendidos. No total, foram recuperadas 132 armas - 75 fuzis, além de pistolas, revólveres, carabinas e submetralhadoras. Um foragido da Justiça foi preso pelos policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Pedro Henrique Batista de Carvalho, de 26 anos, disse que estava escondido na Rocinha há dois anos após ter assassinado um sargento da PM do Piauí no Maranhão. Ele foi detido após ter uma crise de choro durante uma revista policial, na localidade conhecida como "Roupa Suja".

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Detido

O líder comunitário da Rocinha Vanderlan Barros, o Feijão, foi detido nesta quarta e encaminhado para a 15ª Delegacia de Polícia da Gávea, mas o mandado de prisão contra ele por associação para o tráfico foi revogado em abril e ele foi liberado. Feijão ajudou na negociação para a rendição dos traficantes da Rocinha que invadiram o Hotel Sheraton, após trocar tiros com dois PMs, em agosto de 2010.

A Polícia Civil disse que o traficante Nem planejava aumentar o faturamento na Rocinha com a instalação de 90 máquinas de cigarros a varejo. Os equipamentos foram apreendidos pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas em um depósito, em frente ao local onde aconteciam os bailes de funk.