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SEGURANÇA NO TRÂNSITO

Norma já começa com mudanças

Fiscalização do uso de cadeirinha, bebê-conforto e assento elevado começou em todo o país | Carlos Moraes/Ag. O Dia/AE
Fiscalização do uso de cadeirinha, bebê-conforto e assento elevado começou em todo o país (Foto: Carlos Moraes/Ag. O Dia/AE)

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) vai mudar dois itens na nova regra para o transporte de crianças nos automóveis, que começou a ser fiscalizada ontem na maior parte do país. As alterações devem ser feitas nos próximos dias e vão prever "exceções" para o uso da cadeirinha e do assento de elevação em veículos mais velhos.

Uma das modificações é permitir que os pais coloquem as cadeirinhas no banco da frente dos carros fabricados antes de 1998. Isso porque a maior parte desses veículos só tem cinto de segurança traseiro de dois pontos (subabdominal) e ainda não há no mercado brasileiro cadeirinhas certificadas para esse modelo de cinto de segurança.

"Não foi um descuido nosso. Na época em que a resolução foi elaborada, havia cadeirinhas para o cinto de segurança de dois pontos, mas a empresa deixou de fabricar. Por isso, estamos trabalhando na alteração, para permitir as cadeirinhas no banco da frente nesses casos", diz o diretor do Depar­­­tamento Nacional de Trânsito (Dena­­­­tran) e presidente do Con­­tran, Alfredo Peres da Silva. Se­­­gundo ele, as alterações na resolução que definiu as novas regras devem ser feitas nesta semana. A resolução da Contran já prevê a possibilidade de cadeirinhas nos ban­­­­cos da frente quando esses fo­­­rem os únicos do veículo, como nas camionetas. É preciso, no en­­­tanto, desligar o sistema de airbag.

A outra alteração prevista é permitir que as crianças de 4 a 7 anos e meio não precisem usar o assento elevado (booster) em carros com apenas cintos de dois pontos. O Denatran já havia sido informado sobre os riscos para uma criança transportada nesse dispositivo e com apenas o cinto de segurança subabdominal. Isso porque a criança perde parte do contato com o banco e acaba ficando com o tronco totalmente livre, podendo ser projetada para frente em casos de acidentes.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi o primeiro órgão a constatar o problema e informou o Denatran. A orientação pas­­­­sada então aos agentes foi para que não apli­­­cassem multas quando as cri­­­anças nessa faixa etária es­­­ti­­­vessem apenas com o cinto de se­­­­gurança. "Nós ouvimos a PRF e ou­­­tros especialistas e vimos que, nes­­­ses casos, é mais seguro para as crianças não usar o booster", afirma Peres. Enquanto as modificações não são feitas, os veículos flagrados pela fiscalização sem os equipamentos poderão ser multados.

Com a mudança, o Contran pretende evitar, por exemplo, que pais façam adaptações nos veículos para implementarem o cinto de segurança de três pontos. Como são acessórios saídos de fábrica e ligados diretamente à estrutura dos carros, uma mudança em carros mais antigos pode comprometer a eficácia do equipamento.

Curitiba

O gestor de Fiscalização de Trânsito da Urbs, José Lara Vieira, afirma que o Denatran está estudando soluções para outras questões nebulosas. Em Curitiba, segundo Vieira, não haverá blitz específica e os agentes da Diretran estão orientados a não aplicar multa em situações duvidosas.

Com informações de Aniela Almeida.

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