![Nos 50 anos do Ippuc, relembre ícones de Curitiba que saíram das pranchetas do instituto Estações-tubo foram criadas em 1991 | Reprodução/Ippuc](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/12/96624ef4d0d89122bf3417a27ecf1c7b-gpLarge.jpg)
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) completou 50 anos nesta terça-feira (1.º), mas os presentes estão espalhados pela cidade. Várias das imagens icônicas que fazem Curitiba ser reconhecida mundo afora saíram das pranchetas do instituto. O Teatro Paiol, o primeiro calçadão do Brasil, o Jardim Botânico, as estações-tubo, a Rua 24 Horas e até mesmo a lógica por trás da central telefônica 156 surgiram no Ippuc. Menos impactante visualmente – mas tão importante quanto – foi o planejamento de Curitiba a partir de eixos de desenvolvimento. A decisão moldou o desenho da cidade, comenta o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires.
Galeria: a identidade de Curitiba construída a partir de projetos do Ippuc
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A criação do Ippuc é cercada por uma “lenda”: o prefeito Ivo Arzua queria fazer um viaduto ligando duas praças e foi em busca de recursos federais para a obra. Não teria conseguido, mas teria recebido verba para fazer um plano diretor. Para tocar o projeto nascia, então, a Assessoria de Pesquisa e Planejamento de Curitiba, que seis meses depois, em 1.º de dezembro de 1965, viraria o Ippuc. Na mesma época foi realizado o Seminário Curitiba do Amanhã, para projetar o futuro da cidade.
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O contexto do nascimento do instituto é importante para compreender os rumos que o planejamento de Curitiba tomou. Brasília havia sido recém-construída. A grandiosidade do projeto e da obra mexeu com os brios de uma geração, principalmente porque o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná havia sido criado há pouco tempo. “Juscelino Kubitschek queria fazer 50 anos em 5. A ideia no Ippuc sempre foi fazer 50 anos em 50, dando tempo para cada ação”, confessa Póvoa.
De estagiário a presidente
“Em atividade, sou o mais velho”, comenta o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires. Há 40 anos, ele começou no instituto como estagiário, então estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Paraná. Participou, portanto, de 80% do tempo da história do Ippuc. “Tive a sorte e o privilégio”, resume.
Naquele longínquo 1965, Curitiba praticamente não tinha atrativos. Visitantes eram levados para o Litoral ou para Vila Velha, em Ponta Grossa. Foi aí que os símbolos de Curitiba começaram a ser criados. “Como não tínhamos dinheiro para colocar tantas ideias em prática, os funcionários do Ippuc ficavam fazendo projetos”, brinca o presidente. Boa parte da força do instituto vem, inegavelmente, da passagem do arquiteto Jaime Lerner, que presidiu o Ippuc antes de se tornar prefeito e depois governador. “Os projetos nasceram aqui dentro e puderam se tornar realidade pelas mãos de um ex-presidente”, comenta Póvoa.
Sempre na mesma casa
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O Ippuc transformou a cidade, mas não mudou de lugar. Desde o início se mantém na mesma casa, na Rua Bom Jesus, no Juvevê. O imóvel foi erguido na década de 1930 para servir de moradia ao então executivo do Banco Transatlântico Alemão, Hans Möller e família e foi adquirida pelo Ippuc ainda em 1965. As escadarias de madeira de lei e as pequenas salinhas assistiram ao desfile de urbanistas criativos que repensaram a cidade.
Pesquisa
Conhecido pelo enfoque no planejamento e na projeção de obras que transformam a cidade, o Ippuc também é pesquisa. Sim, é o primeiro P da sigla. Todas as ações do instituto são embasadas em levantamento de dados e entrevistas. Há equipes exclusivas para esse trabalho.
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