O juiz federal Cléber Sanfelici Otero, da 3.ª Vara Federal de Londrina, liberou, na sexta-feira, o sacrifício dos 1.805 animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (Norte do Paraná). O abate na propriedade, primeiro foco de febre aftosa decretado no estado, em 6 de dezembro, estava suspenso por uma liminar obtida pelo dono da área, André Carioba Filho, que exigia que a necropsia fosse periciada por um técnico do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa). Na mais recente decisão judicial, a necropsia foi autorizada e será acompanhada por um técnico do Panaftosa. O mesmo procedimento foi adotado no sacrifício dos 500 animais de quatro focos, realizados na semana passada nos municípios de Maringá, Bela Vista do Paraíso e Grandes Rios.

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Sem impedimentos legais, os trabalhos para o sacrifício na Cachoeira foram retomados segunda-feira pela Seab, depois de notificada da decisão judicial. Apesar de não haver previsão oficial, a intenção é que o abate comece na quarta-feira. As duas valas, de 222 metros de cumprimento, 6 metros largura e 5 metros de profundidade já estão revestidas com mantas texturizadas, exigência do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para evitar a contaminação do solo e das nascentes da propriedade.

A técnica do Panaftosa, a uruguaia Rossana Allende, deve retornar, nesta terça ou quarta-feira, para o Norte do Paraná para a necropsia na Cachoeira. Allende acompanhou a análise dos dez animais das quatro propriedades onde foi concluído o sacrifício e levou, no domingo, as amostras para o Rio de Janeiro, sede do Panaftosa no Brasil.

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