Uma nova droga que deve chegar ao país a partir de março permitirá que o paciente com câncer de próstata avançado que já não pode ser tratado com cirurgia receba a medicação a cada seis meses. Urologistas observam que a periodicidade favorece a adesão ao tratamento e traz mais conforto ao paciente. A novidade foi discutida na semana passada em São Paulo, no 12.º Congresso Paulista de Urologia.
O acetato de leuprorrelina faz parte do grupo de medicamentos usados na hormonioterapia. Para pacientes que são diagnosticados em estágio mais avançado, com metástase, a supressão do hormônio masculino é a primeira alternativa terapêutica, na medida em que é esse hormônio que "alimenta" o tumor. Caso a terapia hormonal falhe em suas várias formulações, recorre-se à quimioterapia, definida como segunda linha de tratamento. A cirurgia de retirada da próstata só é indicada em casos diagnosticados precocemente.
O medicamento, que deve ser aplicado em uma injeção subcutânea, está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, por enquanto só estão disponíveis doses mensais e trimestrais. A estimativa é que cada dose semestral custe cerca de R$ 3 mil.
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