A gestão Fernando Haddad (PT) pôs nas ruas sua estratégia para enfrentar a Cracolândia, região no centro paulistano ocupada por dependentes químicos que já passou por seis prefeitos e resistiu a todos. Sem participação direta da polícia e avisando que "não pretende acabar com o vício", três secretarias da prefeitura vão oferecer comida, moradia, emprego remunerado e tratamento médico. As cerca de 300 pessoas que viviam na favela surgida ali há 90 dias começaram ontem a desmontar barracos. Os dependentes que circulam pela região, mas não moram nas barracas, não estão incluídos no programa, por ora. "O trabalho se desenvolverá sob uma ótica de redução de danos", diz o material da Operação Braços Abertos, como foi chamada a ação, distribuído ontem. A proposta, segundo a secretária de Assistência Social, Luciana Temer, é combater a vulnerabilidade social dos dependentes – não o crack.

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