São Paulo – Cerca de 400 moradores da região que fica nos limites entre São Paulo, Osasco e Cotia protestaram ontem contra a decisão do governo estadual de construir duas unidades da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem) nas proximidades da Raposo Tavares. Bonecos de menores infratores, panelas de pressão e até de um juiz que se faz de surdo foram vistos na rodovia durante a passeata.

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Segundo os moradores, há diversas irregularidades no processo de construção das unidades e o presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, Celso Limongi, parece ignorá-las. "A obra não tem alvará nem estudo de impacto ambiental", diz Clélia Morais de Lima Gonçalves, que mora atrás do terreno em que se erguem as Febens. "As panelas de pressão são para simbolizar o que esses sistemas fazem. Um dia isso vai explodir e nós é que sofreremos as conseqüências", diz.

A proximidade da estrada também preocupa. "É um lugar péssimo, porque facilita fugas a pé ou motorizadas. Não tem sentido", reclama o morador Fabio Sanches. Outro receio envolve a concentração penitenciária. Já estão nas imediações cinco unidades da Febem, o Centro de Detenção Provisória Osasco 1, o Centro de Detenção Provisória Osasco 2 e o Centro de Atendimento Hospitalar à Mulher Presa.

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