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Saúde

Nova gripe aviária é uma das "mais letais", diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira (25) que a nova gripe aviária é uma das mais letais detectadas nos últimos anos. Os cientistas admitem ainda desconhecer a origem do vírus H7N9, que na China já matou 22 pessoas em 108 casos registrados nos últimos 30 dias. O H5N1, vírus da gripe aviária anterior, causou a morte de 371 pessoas entre 622 casos confirmados de 2003 a 2013, de acordo com a OMS.

"Este novo vírus é incomumente perigoso para humanos", disse em Pequim o diretor-assistente da OMS Keiji Fukuda. "Definitivamente é um dos vírus de influenza [gripe] mais letais que já vimos até hoje." Fukuda integra uma missão da OMS que foi à China inspecionar a propagação do vírus e fazer recomendações ao governo. "Estamos apenas no início de nosso entendimento do vírus", afirmou.

Uma das conclusões iniciais é que o H7N9 é transmitido com mais facilidade de aves para humanos do que o H5N1. Não há registro, porém, de transmissão de pessoa para pessoa, o que por ora afasta a hipótese de uma epidemia.

Muitos dos 108 pacientes que contraíram o vírus não tiveram contato com aves, o que aumenta o mistério sobre quais são os meios de transmissão do H7N9.

Um exemplo disso, anunciado hoje, é o do primeiro paciente de fora da China continental infectado pelo vírus. Um empresário de 53 anos apresentou os sintomas do H7N9 três dias após voltar de viagem à província de Jiangsu, no leste chinês. Segundo o Departamento de Saúde de Taiwan, ele não teve contato com aves vivas.

A OMS garante que não há risco em consumir aves cozidas a uma temperatura superior a 70 graus. O chefe da agência na China, Michael O'Leary, chegou a dizer que come frango "todo dia". Ainda assim, o consumo de aves teve queda significativa na China e o setor anunciou perdas de US$ 3,2 bilhões por causa do surto.

Pato de Pequim

Mesmo nos supermercados da capital, Pequim, onde só foi registrado um caso até agora, as seções de venda de patos, frangos e outras aves andam vazias.O temor da gripe não poupou nem a principal atração gastronômica da cidade, o pato de Pequim.

Um dos mais famosos restaurantes especializados na iguaria, o DaDong, viu os pedidos caírem 15% no último mês, segundo o jornal estatal "China Daily"."É a primeira vez que venho aqui e não tenho que ficar na fila", disse ao jornal a cliente Zhu Hongl.

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