Para aumentar a segurança em sete espaços públicos de Curitiba, a Secretaria Municipal de Obras substituiu as antigas lâmpadas de vapor de sódio amarelado pelas de cor metálica branca. A obra foi executada no mês passado e beneficiou os usuários do Eixo de Animação Arnaldo Busato, no Novo Mundo; Parque Bacacheri; Praça Brigadeiro do Ar Mário Eppinghauss, no Juvevê; Jardim Botânico; Praça Zumbi dos Palmares, no Pinheirinho; e os viadutos do Colorado e Capanema. Os prédios do Ministério Público, Museu Oscar Niemeyer e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, no Centro Cívico, também receberam intervenções. Ao todo, o investimento chegou a R$ 1,2 milhão.
As novas lâmpadas, compara o diretor do Departamento de Iluminação da prefeitura, Ernesto Wendeler, oferecem uma condição de luminosidade mais eficiente do que as retiradas. Também foram feitos serviços de troca de fiação e instalação de postes, projetores de LED e suportes para luminárias mais potentes. "Com a luz metálica, temos uma percepção e distinção de cores maior. Isso nos dá mais visão em relação ao espaço e mais segurança", explica. Segundo ele, esta capacidade de iluminação e rendimento maior compensam o fato de as metálicas custarem até 25% a mais do que as de sódio.
Direito
Coordenador do Centro de Estudos de Segurança Pública da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o sociólogo Pedro Bodê avalia que investimentos em sistemas de iluminação pública melhoram o bem-estar da população e em determinados locais pode haver uma relação direta entre aumento da segurança e a iluminação.
No entanto, ele salienta que, isolada, essa medida não reduz os índices de crimes. "A iluminação demonstra que existe uma preocupação do poder público com aquele espaço. Dependendo do tipo de delito, pode-se resolvê-lo pontualmente, mas deve haver também um conjunto de atitudes para evitar a criminalidade", afirma. Bodê destaca ainda que o investimento em iluminação deve ser visto como um direito do cidadão.