O líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), fará uma ponte entre os sindicatos de técnicos e professores das universidades estaduais para negociar as pautas dos grevistas e a possibilidade de retorno às aulas nas sete instituições de ensino do Paraná que estão em greve desde o início de fevereiro. Uma rodada de negociações está marcada para esta terça-feira (9).
Servidores voltam ao trabalho na UEM
- Rodrigo Batista
Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), docentes e servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), em assembleia nesta segunda-feira (9), decidiram retornar ao trabalho a partir desta terça-feira (10). Ainda não há, entretanto, previsão do retorno das aulas na instituição.
Segundo o presidente do Sinteemar, Celso Aparecido Nascimento, o governo atendeu às reivindicações da categoria. Houve entendimento com o governo, segundo o presidente do sindicato, para a criação de um grupo de trabalho com membros do Poder Executivo e dos docentes e técnicos para o estudo de melhorias na ParanáPrevidência. Também ocorreu o entendimento para a revogação do decreto que fere, segundo ele, a autonomia universitária.
“Nós esperamos agora a efetivação dessas propostas e continuamos em estado de greve. Caso o governo não cumpra com o prometido, iremos convocar nova assembleia e voltamos com o movimento”, diz Nascimento. O retorno das aulas depende, de acordo com Aparecido, de decisões dos conselhos da UEM, que devem fazer reuniões nesta semana.
Contudo, outro sindicato, a Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), não reconhece a decisão do Sinteemar e já agendou assembleia para a próxima quinta-feira (12). A reportagem tentou entrar em contato com o Sesduem, mas ninguém atendeu aos telefonemas.
Romanelli disse que foi procurado por líderes sindicais dos docentes e técnicos das universidades para negociar com o governo do estado as pautas de reivindicações, que incluem, principalmente, a questão da autonomia universitária e a previdência do estado. “O governo está com os diálogos abertos para poder encontrar rapidamente uma solução e retomar as aulas”, disse. Na sexta-feira (6), o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) havia determinado que os professores e servidores das universidades estaduais voltassem imediatamente ao trabalho. Mesmo assim, as instituições permanecem em greve.
A reunião entre o líder do governo e os representantes dos sindicatos está marcada para as 9 horas desta terça-feira, na Alep. Dois presidentes de sindicatos de professores ouvidos pela reportagem reclamaram da falta de flexibilidade do governo em ouvir as pautas de reivindicações.
Segundo o presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Londrina (Sindiproladuel) Renato Lima Barbosa, as secretarias de Estado não se entendiam na hora de negociar com os professores e técnicos. “Uma hora diziam que pagariam o terço de férias, depois recuavam. Esperamos agora negociar, porque, até agora, o governo não falou conosco”. Além das conversas com o deputado, há também uma frente de negociação com a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
A UEL, além da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e o campus de Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) permanecem em greve. Uma assembleia dos docentes e técnicos está marcada para a próxima quinta-feira (12).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), Antônio Bosi, as conversas avançaram com o líder do governo. “O que não avançou antes com as secretarias, agora avançou muito. Esperamos ainda essa semana marcar uma assembleia e definir os rumos da greve”. Na Unioeste, os docentes e técnicos também permanecem em greve.
A paralisação também permanece entre servidores e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
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