Maringá, no Noroeste do Paraná, é uma das 11 cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde para servir como laboratório de novas estratégias para atacar a dengue. O objetivo é testar ferramentas para antecipar o diagnóstico, racionalizar e potencializar o combate à doença no verão. Dos 11 municípios selecionados, sete são capitais.
Três novas tecnologias serão testadas. Serão instaladas armadilhas para capturar a fêmea do mosquito transmissor, realização de testes rápidos de sangue, que indicam prontos em 15 minutos, e o monitoramento por internet dos casos e focos da doença, a ser feita pela população.
Entre as 11 cidades escolhidas, apenas Maringá, Santa Luzia, em Minas Gerais, e João Pessoa, na Paraíba, testarão as três tecnologias simultaneamente.
Segundo o secretário municipal de saúde, Antônio Carlos Nardi, os fatores que fizeram com que Maringá fosse escolhida para os testes foram o porte populacional do município e o alto índice de doenças registradas na região em 2007 (mais de 5.500 só em Maringá, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde).
Ainda não foi marcada uma data para o início dos testes. "Por enquanto apenas assinamos uma carta de intenção vinda do Ministério da Saúde, aceitando participar do projeto", conta Nardi.
Para o secretário, a cidade sofre com a doença, pois tem um clima propício para a proliferação do mosquito, além de ser rota de passagem para o Mato Grosso do Sul, estado que concentrou um dos maiores índices de dengue no país.
"Tivemos problemas em 2007, mas a situação está controlada. Este ano, graças ao trabalho educacional que fizemos junto a todos os segmentos da sociedade, o número de registros baixou para 55", afirma o secretário.
Em São Paulo, as cidades escolhidas para realizar os testos foram São José do Rio Preto, no interior, e Santos, no litoral. As outras são Aracaju, Belo Horizonte, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Maringá (PR), Recife, Santa Luzia (MG) e Vitória.
O Ministério da Saúde ainda não divulgou o volume total de recursos empregado, mas as verbas devem sair do pacote de R$ 1 bilhão anunciado em outubro pelo ministro José Gomes Temporão. Todas as ações serão acompanhadas por técnicos do ministério e das secretarias estaduais da Saúde.
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