Entre os 13 terminais de transporte coletivo anunciados para a região metropolitana de Curitiba (RMC) pelo governo do estado, no ano passado, apenas um foi concluído e três estão em obras. A previsão era que todos entrassem em operação até o fim do próximo ano, porém nove ainda dependem de licitação para sair do papel. Por ora, os processos estão parados, já que as concorrências não podem ser feitas durante o período eleitoral.
O terminal já concluído é o de Roça Grande, em Colombo. Ele está pronto há três meses e não entrou em operação por falta de vias de entrada e saída do terminal e de ligação com a Rodovia da Uva. Também é necessária a construção de uma trincheira na Rodovia da Uva (para facilitar o acesso do terminal ao Alto Maracanã), que não tem data para começar. Isso porque o governo tenta desapropriar imóveis que estão no traçado do viaduto há cerca de 3 anos, sem êxito.
Enquanto espera para entrar em operação, o terminal de Roça Grande já começa a sofrer com pichações, apesar da presença. Há alguns dias também havia uma faixa nas imediações, em que ele era identificado como "elefante branco", numa alusão à obra inacabada.
Quando funcionar, o Roça Grande vai beneficiar cerca de 15 mil passageiros dia/útil, com 11 linhas. A dona de casa Fátima Rodrigues, 51 anos, moradora no Jardim César Augusto, não vê a hora do terminal começar a funcionar. Isso por conta da possível integração das linhas da região do Roça Grande com o transporte da capital, o que permitirá o uso de várias linhas pagando uma única passagem.
Segundo o comerciante Sérgio Wosch, que deve ter seu imóvel desapropriado para a construção da trincheira da Rodovia da Uva, o impasse existe porque a avaliação do governo é muito baixa. "Eles não querem pagar o que vale, mas só 30% do valor do imóvel. Além disso, tem outros prejuízos. Perdemos inquilinos e tivemos de baixar o valor dos nossos aluguéis", afirmou. A família de Wosch contratou um advogado para tentar reverter a situação. Ele disse ainda que a intenção não é atrapalhar, desde que a indenização seja justa.
Outros terminais
A construção do terminal de Itaperuçu, que chegou a ser anunciada pelo governo do estado, foi descartada. Somente abrigos ao longo da linha de ônibus devem ser construídos na cidade. No lugar do terminal de Itaperuçu, o governo optou por contruir outro em Campo Magro.
Dos terminais em construção, o grosso das obras concentra-se em Colombo. Além de Roça Grande, há outros dois: Alto Maracanã (em processo de reconstrução) e Guaraituba que depende também da duplicação da Estrada da Ribeira, que atrasou por causa dos indícios de fraudes em licitações da Comec (Coordenação da Região Metropolitana). O último terminal em obras é Angélica, em Araucária. A previsão é inaugurar os terminais Angélica (80% concluído) e Guaraituba (90% concluído) ainda neste ano, nos meses de outubro e dezembro, respectivamente. Os demais no ano que vem, se tudo correr dentro do prazo previsto.
Das obras em andamento, o terminal do Alto Maracanã, por onde passam cerca de 90 mil pessoas por dia, só fica pronto em março de 2007. A obra não avançou o esperado 30% em nove meses de serviço. Enquanto isso, a bagunça, a poeira e o mal-estar continuam incomodando os passageiros.
Integração
Dos terminais de Colombo, apenas o do Alto Maracanã está integrado com o sistema de transporte da capital. Segundo a prefeitura de Curitiba, até o momento não há negociações oficiais para integrar Roça Grande e Guaraituba. Já o prefeito de Colombo, José Antônio Camargo, o Jota Camargo, diz houve contatos com a Comec para discutir o assunto. Ele fala também que há especulações de que a Urbs (empresa que gerencia o sistema integrado de transporte de Curitiba) planeja cobrar pelas integrações. Isso seria feito mesmo para as linhas já integradas que serão transferidas do terminal do Alto Maracanã para o Guaraituba. "Eu não concordo com isso, queremos a integração sem custos", ressaltou Jota Camargo.
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