Nove famílias serão despejadas de área da União em São José dos Pinhais

Nove famílias da Vila Zippin, em São José dos Pinhais, devem ser despejadas na manhã desta quarta-feira (1) por causa de uma reintegração de posse realizada pela União. De acordo com a Secretaria do Patrimônio da União, não há previsão para realocar os moradores afetados, que temem não ter onde morar.

Uma moradora da região disse que as famílias estão sem saber para onde ir. "Não sabemos mais onde pedir ajuda, pois temos crianças e idosos que irão realmente ficar sem teto," desabafou Marizete dos Santos. De acordo com a moradora, ela e outras pessoas que moram na Vila Zippin estão com problemas de saúde e esperam ajuda de algum órgão público para amenizar a situação.

Segundo o superintendente da Secretaria do Patrimônio da União, Dinarte Vaz, esta é uma ação antiga coordenada pela Advocacia Geral da União. "Os moradores foram alertados da ação há pelo menos dois anos", informou Vaz. O órgão informou que o terreno será usado pela Receita Federal.

O superintendente da Secretaria do Patrimônio da União relatou que o órgão está trabalhando juntamente com a União por Moradia Popular do Paraná para tentar disponibilizar algum lugar para que estas famílias sejam realocadas. "Permanecer nesta área é um problema, pois ela não tem saneamento básico e condições suficientes para que famílias vivam lá".

A Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais comentou, em nota, que orientou as pessoas para que elas não se instalassem no local, além de inscrever as famílias afetadas no programa habitacional da União por Moradia Popular do Paraná – cujas moradias devem ficar prontas dentro de dois anos, segundo relatou a prefeitura. O município disse que também deve disponibilizar transporte e armazenamento dos pertences dos moradores.

O presidente da União por Moradia Popular no Paraná, Roland Rutyna, informou que na totalidade serão 26 famílias despejadas até o final deste ano. A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria da Advocacia Geral da União sobre o caso, porém devido ao horário do expediente não obteve resposta até as 19h desta terça-feira.