Precaução e resposta
A remoção das famílias realizada de maneira preventiva é parte do plano de contingência adotado pela Defesa Civil estadual diante de situações de risco. "Antes, recebíamos o alerta meteorológico, mas quando contatávamos os municípios, não havia preparação para lidar com os riscos. O plano de contingência prevê uma resposta mais rápida do município, para oferecer alojamento adequado, por exemplo; e no caso de um desastre natural, para recuperar mais rapidamente".
O sistema desenvolvido pela Defesa Civil em parceria com outros órgãos possibilita que os municípios cadastrem as áreas de risco, de modo que as equipes envolvidas nas ações de contingenciamento e recuperação dispõe de informações como número de imóveis e de pessoas que vivem no local.
Sobre a remoção definitiva das famílias que moram em áreas de risco, questão levantada sempre que ocorre algum desastre natural, Pinheiro observa que nem sempre a realocação é viável, uma vez que em muitos casos a recusa parte dos próprios moradores. "Temos que trabalhar a realocação, sim. Mas nem sempre é possível, por razões variadas. E, quando não for possível, temos de trabalhar com mecanismos de alerta e preparação dessa comunidade para que haja condições de recuperação mais rápida", explicou.
A forte chuva que atingiu a região de Antonina, no Litoral do Paraná, na segunda-feira (5), colocou a Defesa Civil Estadual e local em alerta para o risco de deslizamentos no bairro Graciosa de Cima, onde foram registrados 138 milímetros de precipitação acumulada nas últimas 24 horas (o parâmetro considerado normal é 100 milímetros). Por precaução, nove pessoas tiveram de deixar suas casas no início da noite de segunda. O grupo foi abrigado em uma escola municipal.
De acordo com o capitão Pinheiro, da Defesa Civil do Paraná, embora a chuva tenha cessado ainda na segunda-feira, o alerta permanece nessa terça-feira (6), até que seja feita uma reavaliação das condições das áreas onde há pessoas residindo próximas às encostas. "Estamos monitorando a situação e avaliando o local, tendo em conta a previsão de chuva no fim da tarde e início da noite de terça-feira (6). A autorização para que as famílias removidas retornem às suas residências depende disso", explicou.
Em Antonina, cinco estações pluviométricas são monitoradas e emitem sinais de alerta quando do indicativo de chuvas acima da média. Segundo informou a Defesa Civil, a remoção de famílias residentes em outros bairros foi avaliada, mas não foi verificado risco. Quem passa pela Estrada da Graciosa (PR-410) também não precisa se preocupar; conforme Pinheiro, o trecho também é monitorado e não há indicativo de risco de deslizamento.
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