Invenções
Confira os produtos desenvolvidos pela Agência Espacial Americana (Nasa) que chegaram ao mercado:
Tevê por satélite
Se não fosse a Nasa, provavelmente você não poderia assistir aos seus filmes favoritos nos canais pagos de televisão. A antena surgiu a partir da necessidade de corrigir os sinais enviados pelas naves espaciais para a Terra. Para melhorar as imagens, foram criados os "pratos", que reduziram as falhas de imagem e som.
Aparelhos de imagens médicas
A topografia e a ressonância não existiriam se a agência não precisasse processar os sinais enviados pelas naves espaciais e convertê-los em imagens.
Controles de joystick
Os jovens do mundo inteiro se divertem com um aparelho conhecido como joystick, que controla os movimentos no computador e videogame. A Nasa o desenvolveu na tentativa de controlar um veículo lunar chamado Apollo.
Espuma Tempur
Conhecido no Brasil como "travesseiro da Nasa", a espuma Tempur foi desenvolvida originalmente para uso nos assentos das espaçonaves da agência com a finalidade de diminuir o impacto durante os pousos.
Tecnologia de absorção de impacto
Os tênis esportivos confortáveis usados nas corridas matinais ou em eventos esportivos não são duros como uma pedra graças à Nasa. Quando Neil Armstrong pisou na lua, em 1969, ele usava a tecnologia de absorção de impacto de poliuretano tridimensional Dynacoil, a mesma usada nos tênis hoje em dia.
Medidor de poluição
Um dos equipamentos mais novos desenvolvidos pela agência é um medidor de poluição atmosférica portátil. O aparelho, que pode ser levado para qualquer lugar, é capaz de identificar níveis de 15 dos mais importantes gases poluentes, entre eles o dióxido de carbono.
A tecnologia de objetos que você usa no dia a dia, como tênis, travesseiro, antena de satélite e filtro de água, têm a mesma origem: a Agência Espacial Americana, a Nasa. Desde 1976, o departamento divulga um relatório anual conhecido como Spin off (derivados, em tradução livre para o português), que mostra como suas pesquisas internas se transformaram em produtos e serviços oferecidos a empresas e à população.
O programa da Nasa de transferência de tecnologias para o comércio e indústria de diversos segmentos, como saúde, transporte e vestuário, se tornou tão importante que se transformou em um conceito. De acordo com especialistas, o spin off é uma das formas mais notáveis de geração de novas empresas e empreendedorismo. Significa a geração de uma empresa a partir de uma empresa-mãe ou de um centro de conhecimento. Ele também serve para apresentar resultados à sociedade. Na Nasa, por exemplo, desde que o projeto começou, mais de 6,3 mil patentes foram registradas e 1.650 produtos acabaram aproveitados pelo mercado.
Atualmente, o Brasil conta com diversas iniciativas para facilitar a transferência de tecnologia, destacando-se as incubadoras de empresas instaladas em universidades e o recente esforço de formação de parques tecnológicos como fundações ou institutos ligados às universidades. Um dos melhores exemplos é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
De acordo com o pesquisador da Embrapa José Roberto Rodrigues Peres, em 37 anos mais de 8 mil tecnologias desenvolvidas pela empresa se tornaram produtos utilizados pelo mercado. "Antigamente, por exemplo, só se plantava soja no Sul do Brasil, hoje plantamos no país inteiro. Isso é resultado de tecnologias nossas", explica. Segundo Peres, as pesquisas nascem a partir de demandas da sociedade. "Analisamos as demandas, os pontos de estrangulamento e pesquisamos. Somos referência mundial na transferência de tecnologia", diz.
Desenvolvimento
Apesar de haver uma empresa que pratica bem o spin off no Brasil, a prática ainda não é comum no país. Na opinião de Fernando Dolabela, autor do livro Empreendedorismo de Base Tecnológica - Spin-off Criação de Novos Negócios a Partir de Empresas, o que falta no Brasil é uma cultura de geração de empresas a partir de desenvolvimentos, descobertas, tecnologias e patentes geradas nos centros de pesquisa. "Inovação e empreendedorismo não são fenômenos exclusivamente vinculados ao conhecimento. É necessária uma cultura inovadora. Apesar de termos bons centros de pesquisa, ainda não estamos habituados a transformar conhecimento em riqueza", afirma.
Para o pesquisador, mesmo nas empresas em que o spin off se aplica muito bem, como no caso da Embrapa, o país ainda não conseguiu fazer com que esse estilo gerencial seja aplicado em larga escala. "Temos vários exemplos de empresas geradas em universidades, como a Biobrás na área de biotecnologia, a Akwan na área de TI [tecnologia da informação]. O potencial de empresas como a Petrobrás, Vale, empresas de telecomunicação, de gerarem spin offs são ilimitados", diz.
O especialista afirma que as empresas brasileiras, principalmente as públicas, têm grandes chances de chegar ao mesmo nível da Nasa. "O spin off não é uma prática nova. Temos que chegar lá, e podemos fazer isso desde que consigamos mudar a nossa cultura e direcionarmos investimentos pesados na área de pesquisa e fronteira tecnológica", conclui.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora