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Tragédia aérea

Novo aeroporto deve sair, garante Dilma

Cuiabá – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou ontem em Cuiabá que o governo federal "não recuou um único milímetro" na decisão de construir um terceiro aeroporto para São Paulo. Ela garantiu que o Palácio do Planalto não cedeu a pressões do governador José Serra (PSDB) e que "está mantida" a busca de um local para abrigar o empreendimento.

Dilma falou sobre o caos aéreo pouco antes de o presidente Lula abrir solenidade no Centro de Eventos do Pantanal, onde anunciou a liberação de R$ 521,5 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de saneamento em Mato Grosso.

Ela afirmou que suas relações com o ministro da Defesa, Nelson Jobim "estão perfeitamente harmoniosas". "Tenho certeza que o ministro Jobim está se cercando de todas as providências e de toda a estrutura que precisa para que a gente tenha uma solução consistente. Não se trata de marcar data da solução, mas de providenciar os elementos para solucionar o problema. Essa é uma questão que o governo atribuiu ao ministro, portanto, a liderança dele nessa área passa também para que certos problemas sejam avaliados por ele."

A ministra declarou que continua em vigor a Resolução 006 do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), que prevê duas medidas. "A primeira decisão é relativa à readequação e ampliação de aeroportos, ordem dada à Infraero. Outra ordem, dada à Aeronáutica e à Agência da Aviação Civil (Anac), é para estudos e levantamento locacional do sítio para um novo aeroporto. Esta decisão está mantida pelo Conac, até porque um processo desses, se queremos e sabemos que esse País vai crescer a taxas significativas, vai ter uma demanda sobre a malha aeroportuária muito acentuada."

Prazo

A ministra enfatizou que "ninguém abandonou esta visão de expansão". Ele destacou que "não é possível achar que se providencie um outro aeroporto da noite para o dia". E acrescentou que os 90 dias anunciados em rede de TV pelo presidente Lula referem-se à apresentação dos locais em estudo. "Isso (o prazo) está mantido."

Dilma observou ainda que a construção de um aeroporto implicará discussão sobre toda a estrutura, inclusive de escoamento. "Não é possível tornar igual soluções diferentes. A solução de expansão de Guarulhos, de Viracopos e de Jundiaí é uma solução de curto prazo, considerando aí o horizonte do nosso mandato. A solução para um outro aeroporto é de mais médio prazo. Num governo, você providencia as duas soluções. No Brasil, há a tendência que se olhe o curto prazo e, quando isso acontece, não se tem condições de planejar o país, de tomar providências hoje para que governos futuros tenham instrumentais para execução das obras. Ao longo do tempo, o Brasil perdeu a capacidade de planejar."

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