A taxa representa um aumento de 57,4% em relação a 2010, quando a população idosa do país era de 7,4%.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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De acordo com dados atualizados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nesta sexta-feira (27), o país atingiu um índice de envelhecimento recorde.

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Segundo o levantamento, pessoas com 65 anos ou mais no país já somam 10,9% (22.169.101) da população. A taxa representa um aumento de 57,4% em relação a 2010, quando a população idosa do país era de 7,4%.

Em paralelo, o número total de crianças com até 14 anos de idade recuou de 45.932.294 (24,1%), em 2010, para 40.129.261 (19,8%) em 2022, uma queda de 12,6%.

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“Ao longo do tempo a base da pirâmide etária foi se estreitando devido à redução da fecundidade e dos nascimentos que ocorrem no Brasil. Essa mudança no formato da pirâmide etária passa a ser visível a partir dos anos 1990 e a pirâmide etária do Brasil perde, claramente, seu formato piramidal a partir de 2000. O que se observa ao longo dos anos, é redução da população jovem, com aumento da população em idade adulta e também do topo da pirâmide até 2022”, explicou a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri.

De acordo com Marri, as razões para o movimento de envelhecimento da população podem estar ligadas à queda da fecundidade e à migração.

“Quando olhamos para as unidades da federação, não só a queda da fecundidade irá alterar essa idade mediana, mas podemos ter um efeito também de migração, com o recebimento de pessoas de um determinado grupo etário em certos estados, principalmente dos jovens adultos, assim como naqueles estados de onde os migrantes saem. Esses fatores também impactam e ajudam a entender a idade mediana observada nas UFs e nos municípios”, disse a gerente de Estudos do IBGE.

Ainda, de acordo com o levantamento, o Brasil tem 6 milhões a mais de mulheres do que homens.

Dos 203.080.756 habitantes recenseados em 2022, 104.548.325 eram mulheres (51,5% da população), enquanto 98.532.431 (48,5%) eram homens.

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Segundo o IBGE, essa diferença está relacionada com a maior mortalidade dos homens em todos os grupos etários: “Desde bebês até as idades mais longevas”.

“Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade masculina é mais intensa. E, com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população mais idosa há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens”, informou o Instituto.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]