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Bombeiros trabalham na busca de vítimas em Niterói | Bruno Domingos/Reuters
Bombeiros trabalham na busca de vítimas em Niterói| Foto: Bruno Domingos/Reuters
  • Bombeiros trabalham no resgate
  • Bombeiros resgatam corpo depois de desabamento de terra

O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio, Sérgio Côrtes, disse na madrugada desta quinta-feira (8) que as equipes de resgate encontraram mais um corpo nos escombros da região de Niterói atingida por um grande deslizamento de terra na noite de terça (7), elevando a seis o número de mortos no local.

O subcomandante do Corpo de Bombeiros, José Paulo Miranda de Queiroz, informou anteriormente que os corpos retirados sem vida após o deslizamento são de quatro mulheres e uma criança. Côrtes não informou sobre o sexo da nova vítima fatal encontrada.

Segundo Queiroz, o Corpo de Bombeiros considera que este deslizamento pode se tornar a maior tragédia causada pelas chuvas nos últimos dias.

Cerca de 150 homens trabalham no local e estão fazendo um levantamento do número de casas atingidas. Queiroz acrescentou ainda que o trabalho de resgate e procura de sobreviventes seguirá sem interrupções. Duas retroescavadeiras, das quais uma blindada do Batalhão de Operações Especiais (Bope) trabalham na área atingida.

Por volta 5h, chovia fraco na região.

51 feridos

De acordo com o secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, de 20 a 40 casas podem ter sido atingidas. Ele informou ainda que o deslizamento deixou 51 feridos.

Os Bombeiros informaram ainda que 25 pessoas foram resgatadas com vida por soldados da corporação e pelos próprios moradores. Entre os feridos há oito crianças.

O comandante geral do Corpo de Bombeiros, Pedro Machado, informou mais cedo que as oito crianças sobreviventes estariam em uma creche que funciona na comunidade. Dois mortos já confirmados também eram funcionários da creche que funcionava no local.

Segundo afirmou, em entrevista à Globo News, o secretário de Serviços Públicos de Niterói, José Mocarzel, há relatos de que 40 casas podem ter sido afetadas.

"A gente está muito triste com essa coisa toda, não se tem um número exato. Mas parece que são mais de 40 residências. Não sabemos número de vítimas. Estamos com o Samu no local, a cidade toda está mobilizada. Mas foi uma tragédia muito grande que se abateu sobre o pessoal do Viçoso Jardim." - assista no vídeo acima a entrevista concedida à Globo News. Ajuda de moradores

Dezenas de moradores ajudam no trabalho dos bombeiros. Equipes de cinco quartéis trabalham no local. As autoridades fizeram contato com a Ampla, empresa responsável pelo fornecimento de energia no município, para que a luz fosse desligada no local. O motivo foi evitar explosões.

Muitas pessoas estão na área onde ocorreu o deslizamento à espera de notícias de seus familiares. É o caso de Gisele Pimenta, de 30 anos, que está à procura de um tio, duas primas, um primo de dois anos e o marido de uma prima. Segundo ela, todos estavam numa mesma casa. Uma tia, no entanto, foi resgatada com vida.

Segundo Gisele, a tia contou que estava na varanda quando ouviu um primeiro barulho. Logo em seguida ouviu mais dois estrondos e, depois, o morro veio abaixo. "Eu estou chocada, nunca pude imaginar que isso poderia acontecer com a minha família.

"Não sei o que fazer, eu quero ajudar mas não sei por onde começar. Meus primos estão lá dentro e a agonia é grande. Que Deus proteja minha família", disse Gisele.

Motivos do incidente

Segundo o Corpo de Bombeiros, a comunidade atingida pelo deslizamento no Morro do Bumba, em Niterói, foi construída numa área onde funcionava um antigo lixão.

De acordo com moradores, no momento do deslizamento não chovia na região. No entanto, segundo os bombeiros, o fato de o terreno ser propício a deslizamentos pode ter contribuído para o acidente.

Niterói, que está em situação de emergência, já registrava, antes do episódio desta noite, 79 mortes em decorrência das chuvas.

A cidade, segundo o secretário de Serviços Públicos, José Mocarzel, é suscetível a deslizamentos porque há grande ocupação irregular do solo. "Niterói está dentro da região metropolitana que tem adensamento grande de pessoas que não têm habitação. Foram ocupando irregularmente, mas isso tem que acabar. O trabalhador tem que ter a habitação dele", disse à Globo News.

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