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Cerca de 4 mil pais, funcionários e alunos do Colégio Estadual do Paraná compareceram ontem às urnas | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Cerca de 4 mil pais, funcionários e alunos do Colégio Estadual do Paraná compareceram ontem às urnas| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Depois de 46 anos, o Colégio Estadual do Paraná (CEP) teve ontem sua primeira eleição para diretor. Estima-se que pelo menos 80% dos cerca de 5 mil pais, funcionários, professores e estudantes vinculados à instituição tenham comparecido ao pleito. O vencedor será conhecido hoje. O novo diretor terá a missão de administrar um orçamento anual de mais de R$ 10 milhões e atender a principal reivindicação da comunidade escolar: proporcionar uma gestão democrática.

Duas chapas concorrem à direção do CEP. Na chapa 1 – "De­­mocratizando o CEP" –, o candidato é o atual diretor auxiliar do turno da tarde, Enzo Aparecido de Souza. Na chapa 2 – "Novos tempos" –, a candidata é Tânia Maria Acco, que já atuou como diretora auxiliar. O mandato dura um ano para que em 2011 o colégio siga o mesmo calendário das demais escolas. A partir de então, o diretor fica no cargo por três anos.

Entre os estudantes havia muita expectativa. Além de participarem como eleitores, muitos também se inscreveram para mesários e fiscais. As amigas Lucía dos Anjos e Anahi Zaracho, ambas de 15 anos, foram fiscais durante o pleito. "É uma revolução. Um momento histórico e decidi participar", diz Anahi. Lucía espera que com a gestão democrática os alunos participem mais das decisões importantes do colégio. "Infelizmente alguns estudantes não sabem a importância do voto e ainda acham que é brincadeira. Meu desejo é que isso mude."

A presidente da comissão eleitoral do CEP, Josane França Buschmann, afirma que o pleito ocorreu sem incidentes. "Pre­paramos o processo para que as duas chapas inscritas fossem tratadas com equidade." A reportagem não pôde conversar ontem com os candidatos em função da norma eleitoral do colégio.

Participação

Elisandra Schwanka é mãe de um aluno da 6.ª série e foi votar pelo filho. "Sempre acompanho a vida escolar dele. Vim ao pleito porque é a educação dele que está em jogo e desejo participar", diz. A estudante Tereza Stephanny, 15 anos, participou porque espera que o CEP volte a ter a qualidade de ensino pela qual era referência no país. Ela deseja cursar Medicina e sonha com o dia em que os colegas não precisarão fazer um cursinho particular para entrar na universidade.

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