Um novo protesto dos instrutores e trabalhadores de autoescolas do Paraná prejudicou mais uma vez os exames de direção na sede do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), no bairro Tarumã em Curitiba. Um grupo de pessoas bloqueou a saída de veículos e cerca de 300 exames práticos deixaram de ser realizados até o início da tarde desta segunda-feira (25), segundo a direção do órgão. Apenas 70 pessoas conseguiram fazer as provas agendadas para esta segunda até as 8 horas. A estimativa é de que em torno de 650 exames práticos deixariam de ser realizados hoje.

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A categoria está em greve enquanto acontece a negociação salarial entre o Sindicato dos Trabalhadores em Auto Escolas e dos Trabalhadores em Despachantes de Veículos do Paraná (Sintradesp) e o Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores do Paraná (SidiCFC-PR).

No início da tarde desta segunda foi entregue uma liminar expedida pela juíza Rosselini Carneiro, da 2ª Vara de Fazenda Pública, que determinou a liberação dos portões e vias de acesso aos prédios do Detran no Tarumã e no Hauer. Em caso de descumprimento, a multa diária prevista era de R$ 5 mil.

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Após a liminar, os testes foram retomados. Segundo o Detran, por volta das 14 horas estavam sendo avaliados não só os candidatos agendados para a tarde, mas também aqueles previstos para às 9 horas da manhã. A previsão era de que até 660 pessoas fossem atendidas até as 18h30 - horário estendido em que o Detran-PR funcionaria nesta segunda-feira.

Horário extendido

A partir da próxima segunda-feira (2), o horário de funcionamento do Detran será estendido. O Departamento estuda ainda a possibilidade de fazer mutirões, aos sábados, até que a situação se normalize. Além disso, examinadores extras, de outras cidadades ou setores, estão sendo remanejados para garantir o atendimento.

De acordo com o Detran, os alunos que foram considerados como ausentes nos dias 21, 22 e 25 de junho terão prioridade no agendamento dos exames e devem procurar o CFC para agendar o horário conforme possibilidade da empresa em fornecer carro e instrutor, bem como para as questões referentes à taxa de reteste.

Impacto da greve

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Por causa da greve, 85 dos 637 exames agendados para a quinta-feira (21) deixaram de ser realizados. Na sexta-feira (22), apenas 70 dos 650 exames programados foram efetivamente concluídos. Desde o início da paralisação, cerca de 800 testes de primeira habilitação não foram realizados.

Um acordo na tarde de quinta-feira (21) entre os sindicatos patronal e de empregados chegou a estabelecer que os instrutores vão acompanhar as provas práticas de alunos que têm processo com vencimento até o dia 25 de julho. Porém, os protestos de trabalhadores continuaram nesta segunda.