A primeira terapia-alvo indicada para tratamento de câncer de pulmão avançado está disponível no Brasil a partir desta semana. O novo medicamento é indicado para os casos em que a quimioterapia não funciona. Os estudos apontaram que o Erlotinibe, comercialmente conhecido por Tacerva, fabricado pelo Laboratório Roche, proporciona um aumento de 42,5% da sobrevida ao paciente, em relação àquele que não recebe nenhum tratamento. Este resultado é semelhante à eficácia do tratamento quimioterápico, que gera uma sobrevida média de 8 a 12 meses.
O Tacerva inibe o crescimento das células cancerosas. "Mesmo sendo um tratamento paliativo, o principal benefício é que o paciente pode se tratar em casa, sem precisar sofrer com efeitos colaterais penosos da quimioterapia", explica o médico oncologista Mauro Zukin. Cada caixa, com 30 comprimidos (um mês de tratamento), custa R$ 8 mil. Por se tratar de um remédio controlado, não é vendido nas farmácias comerciais. É o próprio médico quem faz o pedido ao laboratório.
Quem tem convênio de saúde pode pedir reembolso. Já os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não podem contar com o medicamento. "Estamos desenvolvendo um estudo para mostrar ao governo federal que o Tacerva sai mais barato que a quimioterapia", afirma a médica da divisão de Oncologia da Roche Karina Fontão.
O câncer de pulmão tem uma incidência de 1,2 milhão de novos casos a cada ano em todo o mundo. A cada trinta segundos, uma pessoa morre vítima da doença, que tem como principal causa o cigarro (responsável por 90% das mortes). No Brasil, 27 mil novos casos são registrados todos os anos. (TC)
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