A valorização do policial civil e militar e a prioridade na área de Segurança Pública foram as promessas principais do governador Beto Richa e do secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César Sobrinho, durante as cerimônicas de posse do novo delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius da Costa Michelotto, e do comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Teodoro Scheremeta. Os dois assumiram os principais cargos das polícias do estado no fim da tarde de ontem.
A primeira posse, de Michelotto, contou com a presença de grande parte do efetivo da Polícia Civil de Curitiba. Havia cerca de 500 pessoas dentro da Escola Superior de Polícia Civil, a maior parte formada por policiais. Michelotto anunciou a criação de uma agência central de inteligência da instituição e a distribuição de unidades semelhantes nas grandes cidades do estado. Quem deixou o cargo de delegado-geral foi Jorge Azôr Pinto.
"Temos que melhorar a administração da polícia", disse o novo delegado-geral. Segundo ele, a Polícia Civil quase não é beneficiada por convênios federais. O delegado diz que os convênios deverão trazer mais equipamentos e qualificação profissional aos policiais. Nesta semana, o delegado-geral deve anunciar as mudanças nas delegacias de todo Paraná.
Após o evento, o quartel da Polícia Militar recebeu Richa para a passagem de comando. Scheremeta também afirmou que a valorização do policial e a diminuição da criminalidade serão prioridades dentro de sua gestão. "Eu me preparei para isso, mas não há milagres em segurança pública", ressalta. Quem deixou o cargo foi o coronel Luiz Rodrigo Carstens.
Histórico
Michelotto, 42 anos, é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Delegado desde 1994, passou por duas unidades no interior, em Mamborê, na região Central do estado, e em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná. Em Curitiba o delegado esteve à frente de delegacias como a de Furtos e Roubos, Furtos e Roubos de Veículos, Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga. Na região metropolitana, foi titular no Alto Maracanã, em Colombo. Michelotto estava à frente da Secretaria Municipal de Defesa Social de Curitiba até ser convidado para o cargo de delegado-geral da Polícia Civil.
O coronel Scheremeta, 48 anos, também é bacharel em Direito. Já passou pelo subcomando do 14.º Batalhão de Polícia Militar em Foz do Iguaçu. Desde o começo do governo Roberto Requião, em 2003, chefiou um dos mais problemáticos batalhões do estado, o 17.º Batalhão, que cuida da região metropolitana de Curitiba. Scheremeta foi promovido a coronel no ano passado e assumiu o comando da capital, cargo que ocupou até ser chamado para comandar a PM no estado.
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