Indaiatuba A 45.ª Assembléia-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Mosteiro de Itaici, em Indaiatuba, deverá escolher hoje o novo presidente da entidade entre pelo menos quatro candidatos. Além dos cotados d. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo nomeado de Mariana, e d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, outros dois nomes estão sendo indicados d. Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, e d. Nelson Westrupp, bispo de Santo André.
Ninguém assume candidatura, mas as primeiras chapas começam a ser formadas a partir de sugestões levadas ao plenário.
Dependendo do número de supostos pretendentes, pode haver uma prévia para fechar o leque. As eleições para presidente, vice-presidente, secretário-geral e membros de conselhos e comissões são feitas separadamente, em um ou mais escrutínios.
Maioridade penal
A CNBB se posicionou ontem contrária à redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos prevista na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Para os bispos, a proposta poderá contribuir com o agravamento da criminalidade no país.
Em nota encaminhada ao Senado, a CNBB pede a retirada da proposta de redução da maioridade penal da pauta e que seja realizado um debate com "todas as forças vivas" da sociedade para aprofundar a realidade do atual sistema.
Para os bispos, as medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente são suficientes para promover mudanças na vida dos adolescentes em conflito com a lei e na sua relação com o Estado e a sociedade.
Cultura da paz
"Acreditamos que a verdadeira cultura da paz começa pela valorização da vida. Através da construção de relações solidárias e no respeito a dignidade humana, confiamos que esta comissão levará a frente estes propósitos", diz trecho da nota, assinada por d. Aldo Di Cillo Pagotto, presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz e outros organismos vinculados à comissão.