Um dos desafios que a frota de carros e motos traz para a cidade é conter o número e a gravidade dos acidentes de trânsito. Atualmente, Curitiba está na faixa dos 25 mil casos por ano. É muito, claro. Mas é bem menos do que alguém poderia imaginar que aconteceria em 2007, olhando as estatísticas de dez anos atrás. Na verdade, desde 1997 a cidade conseguiu estancar o crescimento do número de acidentes. Mesmo com mais carros, a quantidade de problemas continua a mesma. Melhor ainda: o número de mortos em acidentes de 2000 para 2005 diminuiu.
Para José Álvaro Twardowski, do Ippuc, dois fatores foram preponderantes na contenção dos acidentes. Um foi o novo Código Nacional de Trânsito, que passou a vigorar em 1997. O outro foi a implantação dos primeiros radares na cidade, em 1999. A estatística do próprio Ippuc aponta que se não fossem essas e outras medidas o número de acidentes em Curitiba atualmente poderia estar perto de 49 mil por ano. Ou seja: as medidas preventivas reduziram à metade o caos das ruas.
A ação repressiva da polícia também pode ter tido influência nos dados. O delegado Armando Braga, que há três anos responde pela Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba, diz que o trabalho dos policiais ao pegar pessoas dirigindo acima da velocidade ou sob o efeito de álcool traz melhorias por dois motivos. Primeiro, porque faz o próprio motorista ver que pode ser punido pela sua atitude. Depois, pelo boca-a-boca na cidade.
"Hoje, todo mundo sabe de um amigo ou de um parente que foi multado, que teve de responder a inquérito por causa de problema no trânsito ou alguma coisa assim", afirma o delegado. Isso faz com que todos se conscientizem e diminuam os comportamentos de risco no trânsito.
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