Aumentou para 12 o número de casos suspeitos de zika vírus, que estão sendo investigados em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Segundo informações da Divisão de Epidemiologia do município, todos os pacientes passam bem e estão recebendo os cuidados em casa.
Entre os seis primeiros casos suspeitos, cinco apontaram negativo para dengue e agora aguardam os resultados para febre zika. Como o processo leva cerca de 15 dias para ser concluído, a expectativa é que os primeiros resultados comecem a ser divulgados a qualquer momento.
A orientação dada à população é que, em caso de sintomas como febre baixa, olhos vermelhos, dor de cabeça e nas costas, dores nas articulações e músculos, e mancas avermelhadas na pele, a pessoa procure assistência médica na unidade de saúde mais próxima. “No local, o paciente passa por uma triagem para depois detectar sua classificação de risco”, explica o enfermeiro Roberto Doldan. Outra orientação importante é a de evitar a auto-medicação.
Como possui sintomas semelhantes às outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (dengue e febre chikungunya), o diagnóstico da febre zika tem uma maior complicação. Machas avermelhadas pelo corpo e olhos vermelhos (sem secreção e sem conceira) costumam ser os diferenciais.
Alguns motivos aumentam a preocupação da população de Foz do Iguaçu em relação a uma possível epidemia do novo vírus. Neste ano, dois casos autóctones (quando a doença é contraída dentro do próprio município) foram registrados em São Miguel do Iguaçu, há 40 quilômetros da cidade. Além disso, 2,4 mil casos confirmados de dengue em Foz (15 deles considerados graves), o que reforça a presença do mosquito na região.
Como ainda não há vacina disponível, a única forma de se prevenir é eliminando o inseto e seus criadouros. Por isso, desde 30 de novembro, mais de 200 agentes de endemias e de saúde do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município participam de um grande mutirão de combate ao mosquito. Diariamente, o grupo percorre os cinco distritos sanitários da cidade, levando orientações aos moradores e auxiliando na limpeza de terrenos e quintais. Treze veículos fumacê também espalham inseticida para combater os mosquitos adultos.
O último balanço parcial do CCZ mostra que 17 mil imóveis já foram visitados até agora, com o registro de 54 situações de risco para os moradores e 100 ligações com solicitações de serviços ou denúncias. A meta do Centro é concluir as visitas até o dia 23 de dezembro.