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Subiu para 27 o número de municípios afetados no Paraná pelas fortes chuvas que caíram entre o domingo (27) e a madrugada de terça-feira (29), de acordo com balanço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil divulgado na manhã desta quarta-feira (30). São 3,1 mil pessoas prejudicadas pelo mau tempo. Somente em União da Vitória, na região Sul do estado, cerca de 50 famílias estão desabrigadas e estão vivendo os últimos dias no ginásio de esportes e no centro de eventos da cidade.
Na última atualização da Defesa Civil, da noite de segunda-feira (28), eram 24 as cidades atingidas, mas o capitão Antônio Hiller conta que não houve novos desastres entre terça e esta quarta-feira. "Por conta das emergências, alguns municípios estão demorando para atualizar os números", explica.
As últimas cidades que entraram no relatório foram Santo Inácio, no Norte do estado, Flor da Serra do Sul e Bom Jesus do Sul, no Sudoeste. Nas três localidades, foram 124 casas afetadas por chuvas de granizo e vendaval - 418 pessoas foram prejudicadas.
Na terça-feira, o município de Umuarama, no Noroeste do Paraná, decretou situação de emergência por conta dos estragos registrados no município. Com isso subiu para nove o total de cidades que já adotaram a medida desde o início de setembro. Apesar disso, segundo Hiller, até esta quarta-feira, apenas as cidades de General Carneiro e Prudentópolis enviaram a documentação para a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil para reconhecimento da situação.
Em União da Vitória, apesar da cheia do Rio Iguaçu, que já subiu cerca de um metro do nível normal, muitas famílias insistem em continuar nas casas, conforme mostrou o telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV. "Eu tenho medo de sair daqui por enquanto. Deixando a casa sozinha, podem roubar alguma coisa. Até esperar subir a gente fica aqui", disse ao telejornal a moradora Irene Martins.
Em vários bairros da cidade, só é possível chegar de barco, porque as ruas estão completamente alagadas. A moradora Sandra Schiptoski decidiu juntar as coisas e sair da casa antes que a água comece a alagar o imóvel. "[A água] já está em volta da casa, está subindo. Se a gente não tirar daqui a pouco já está aqui dentro", disse Sandra.
Dezenas de pessoas estão passando os dias nas casas de familiares. Quem não tem para onde ir agora está sendo levado pela prefeitura para o centro de eventos da cidade, já que o ginásio de esportes já está lotado. Várias famílias estão lá há mais de duas semanas, desde a enchente anterior. "Pelo fato de a gente não estar em casa, a gente sente falta. Mas enquanto tiver água lá, nós temos que ficar aqui até baixar", lamentou Eva Nizer, que está desabrigada.