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O primeiro semestre de 2010 registrou um aumento no número de municípios brasileiros que tiveram estado de calamidade ou de emergência decretado pelo governo federal, em consequência de temporais, enchentes, secas e intempéries em geral. De 1.º de janeiro a 16 de junho foram contabilizados 1.635 casos, segundo balanço fechado ontem pela Confederação Nacional de Municípios, 17% mais do que o total registrado em todo o ano passado (1.389).

Superou-se ainda a média anual de desastres desde 2004. Apenas em Pernambuco e Alagoas, 58 municípios decretaram estado de emergência ou calamidade. O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, atribui o agravamento da situação à falta de investimentos em prevenção por parte do governo federal, combinada com a ocupação desordenada do solo, urbanização inadequada das cidades e uma fúria mais intensa do clima nos últimos anos. "Há uma cadeia interligada de irresponsabilidades, começando por distorções na execução orçamentária da União, passando pelo inchaço das cidades e pela omissão generalizada quanto à prevenção."

Seca

O Brasil registra mais casos de secas do que catástrofes decorrentes do excesso de chuvas, embora essas sejam mais devastadoras. A proporção é de dois casos de seca para cada registro derivado de chuva, como enxurradas, enchentes, ciclones vendavais e deslizamentos. Neste semestre atípico, a situação se inverteu. Foram editadas 1.028 portarias (62%) para situações ligadas a chuvas e 588 para secas. Entre 2003-2009, constatou-se média de 1.500 situações de emergência ou calamidade ao ano. Ao todo, foram reconhecidos pelo governo 10.803 desastres climáticos. Hoje, acrescenta o estudo, "com a ocupação desordenada do solo, os municípios estão sofrendo muito mais com as enchentes e enxurradas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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