O presidente da Urbs, Paulo Afonso Schmidt, garantiu que a frota em circulação na Rede Integrada de Transporte (RIT) não foi reduzida depois que a passagem de ônibus passou a custar R$ 1,80, em junho passado. Segundo ele, o número de ônibus nas ruas cresceu. "Tivemos que ampliar a oferta porque houve aumento da utilização do transporte com a mudança na passagem. Em agosto superamos os 25 milhões de usuários e fazia muito tempo que isso não acontecia", diz. Nos últimos quatro anos, o número de passageiros pagantes caiu 8%.

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Schmidt reconhece que os ônibus estão circulando cheios, mas justifica que utilizar a lotação plena dos coletivos nas horas de maior movimento é um critério normal de operação. "Se a gente for trabalhar com uma lotação menor, isso certamente se refletiria na tarifa. O valor atual nos permite trabalhar assim", afirma.

Sobre a demora dos ônibus, Schmidt diz que não se resolve o problema simplesmente colocando mais veículos nas linhas. "Em alguns pontos da cidade, a capacidade de circulação dos ônibus hoje está comprometida em razão do tráfego lento", explica. Desafogar o trânsito é justamente o objetivo da implantação de binários (vias paralelas com sentidos inversos), anunciada no início do mês. "É um projeto para beneficiar a linha do ligeirinho Inter 2, que tem uma demanda maior hoje", afirma. A idéia é colocar ônibus articulados para aumentar a capacidade do Inter 2.

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Outro estudo, que deve ser apresentado até o fim do ano, prevê mudanças nas canaletas do biarticulado para permitir a ultrapassagem dos ônibus. "Assim poderemos colocar ônibus para parar apenas nos terminais principais", diz. (SLD)