Um novo ataque a ônibus na zona sul de São Paulo, na madrugada de domingo (2) elevou para 35 o número de coletivos incendiados na capital desde o início do ano. Segundo a Polícia Militar, seis homens não identificados incendiaram um coletivo na Avenida Senador Vitorino Freire, no Jardim Luso, região da Cidade Ademar.
De acordo com a polícia, os suspeitos estavam armados, em três motos com placas encobertas. Eles abordaram um motorista e uma cobradora da linha Jardim Luso/Terminal Bandeira que ia no sentido bairro. Pelo registro da ocorrência, ninguém ficou ferido e não havia passageiros no local.
As vítimas relataram, segundo a PM, que um dos criminosos exigiu que o veículo fosse parado e outros dois entraram no ônibus, com um galão de gasolina. O motorista e a cobradora foram obrigados a descer do coletivo e, em seguida, o bando ateou fogo no veículo. O grupo fugiu após a ação e ninguém foi detido.
As chamas foram contidas pelo Corpo de Bombeiros. O caso foi registrado como incêndio no 98.º Distrito Policial, em Cidade Ademar.
O reforço policial anunciado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, ainda não conseguiu cessar os ataques a ônibus em São Paulo. De acordo com Grella, não está descartado o envolvimento de facções criminosas nos atentados.
Minas. Em Carmo do Paranaíba, região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, a
polícia apreendeu dois menores e prendeu duas pessoas suspeitas de atear fogo em dois caminhões e quatro ônibus, na madrugada de anteontem. Ninguém ficou ferido durante o incêndio.
Os veículos, que faziam o transporte rural e de alunos para a faculdade do município, estavam em ruas diferentes. Estacionados na Avenida Aristides Ferreira de Melo, os dois caminhões foram os primeiros a ser incendiados.
Depois, os criminosos atearam fogo em um ônibus que estava na Rua Paraíso. O alvo seguinte foi um coletivo parado na Avenida Paranaíba, esquina com a Avenida Tancredo Neves. Todas as ruas ficam no centro da cidade. Os dois últimos ônibus atingidos estavam no Bairro Santa Cruz.
A Polícia Militar suspeita que a ação tenha ocorrido em represália à prisão de um traficante da cidade. Testemunhas reconheceram os quatro presos suspeitos, mas eles negam participação no crime. A polícia não encontrou nenhum material inflamável com eles. Os suspeitos foram ouvidos e encaminhados para a delegacia de Patos de Minas.
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