Número de transplantes cresce 6,6% no Paraná

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Em 2008, ocorreram 1.401 transplantes no estado, segundo a Central de Transplantes do Paraná (CET). Esse número é 6,6% maior que o de 2007, quando houve 1.314. O motivo para esse aumento, de acordo com a coordenadora da Central, Jussara de Freitas Trancoso, está diretamente relacionado às campanhas para sensibilizar a população quanto à importância da doação. Entre outros projetos, a CET e seus parceiros realizam um trabalho contínuo de difusão da informação.

Atualmente, a maior procura é por rins. São 2.459 pacientes renais na lista de espera. Na escolha de quem que vai receber o órgão, entra uma série de critérios, como identidade sanguínea com o doador (segundo a tipagem ABO), compatibilidade de antígenos leucocitários humanos e resultado da prova cruzada (crossmatch), que indica o risco de rejeição do órgão. Por isso, a dificuldade para o transplante é maior.

Já o maior número de doações foi o de córneas, resultando em mil transplantes desse tipo ao longo do ano passado. A única restrição é para doadores contaminados por HIV, Hepatite B ou C. Na fila, o único critério de seleção do transplantado é o tempo de inscrição, pois não é preciso haver compatibilidade sanguínea como a que se exige para receber coração, fígado ou rim. Apesar do aumento de doações, hoje a fila de espera por uma córnea é de 1.654 pessoas. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, em 2009, já ocorreram 210 transplantes. Ainda assim, há cerca de 4.600 pessoas na lista de espera por um órgão ou um tecido. Não há limite de idade para o doador, mas é preciso haver autorização familiar. Córneas, cartilagens, ossos e pele podem ser retirados até seis horas após a parada cardíaca. Já em caso de doação de rins, fígado, coração, pulmão, fígado e pâncreas, que apenas é realizada quando o paciente encontra-se em morte encefálica, diagnosticada no hospital, a família será procurada para se manifestar sobre a doação. O Paraná possui 50 hospitais credenciados para realizar esse tipo de operação.